Tesis
Diagnóstico diferencial de trombocitopenia hereditária e adquirida através da fração de plaquetas imaturas (IPF) e dos níveis plasmáticos de trombopoietina (TPO)
Differential diagnosis of hereditary and acquired thrombocytopenia by the immature platelet fraction (IPF) and thrombopoietin plasmatic levels (TPO)
Registro en:
FERREIRA, Fabio Luiz Bandeira. Diagnóstico diferencial de trombocitopenia hereditária e adquirida através da fração de plaquetas imaturas (IPF) e dos níveis plasmáticos de trombopoietina (TPO). 2016. 1 recurso online (88 p.). Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas, Campinas, SP.
Autor
Ferreira, Fabio Luiz Bandeira, 1979-
Institución
Resumen
Orientador: Erich Vinícius de Paula Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas Resumo: Introdução: Nos últimos anos, novas gerações de analisadores de hematologia expandiram o arsenal de parâmetros hematológicos para a avaliação de pacientes com trombocitopenia. Entre estes, a determinação da fração de contagem de plaquetas imaturas (IPF) figura entre os marcadores mais promissores por relacionar-se com a atividade trombopoiética. De uma forma análoga à contagem de reticulócitos para série vermelha, a IPF aumenta em condições em que há maior atividade trombopoiética, constituindo-se em um potencial auxiliar no diagnóstico diferencial nas diferentes causas de trombocitopenia. Entre estas, o diagnóstico diferencial entre a plaquetopenia imune (PTI) e as trombocitopenias hereditárias (TH) pode ser desafiador, particularmente no grupo de pacientes em que a apresentação clínica não aponte claramente para um destes dois grupos. Além disso, embora o comportamento da IPF tenha sido demonstrando em diferentes etiologias de trombocitopenia, a avaliação da reprodutibilidade deste parâmetro, aspecto essencial para seu uso clínico, é ainda limitada. Metodologia: Neste estudo, avaliamos o IPF, o VPM (volume médio de plaquetas) e a TPO em um coorte de pacientes com trombocitopenia pós-quimioterapia (n= 56), insuficiências medulares (mielodisplasia e anemia aplástica; n = 22), PTI (n = 105) e TH (n = 27). A determinação da IPF foi realizada no analisador hematológico Sysmex XE5000 e, em um subgrupo de pacientes com TH, testes de reprodutibilidade intra e inter-ensaios foram realizados. Para refinamento da análise da atividade trombopoiética de pacientes com PTI e TH, níveis plasmáticos de trombopoietina (TPO) foram dosados por ELISA. Resultados e Conclusões: A contagem da IPF mostrou o comportamento esperado em pacientes com trombocitopenia pós-quimioterapia e insuficiência medular, com valores significativamente menores do que na PTI. Ao contrário do esperado, valores significativamente maiores de IPF foram observados em pacientes com TH, conferindo à IPF uma acurácia diagnóstica significativa para o diagnóstico diferencial entre PTI e TH. Considerando um valor de corte de 17,45%, a IPF foi capaz de diferenciar estas duas condições com uma sensibilidade de 77,78% e uma especificidade de 71,43%. Testes de reprodutibilidade confirmaram que a contagem de IPF é um parâmetro robusto, mesmo no subgrupo com contagens elevadas e diagnóstico de TH. Durante a realização do estudo, resultados de um outro grupo japonês também observaram valores elevados para IPF em uma coorte inferior de pacientes com TH. Em conclusão, a IPF é um parâmetro atrativo para auxiliar no diagnóstico diferencial entre TH e PTI Abstract: Introduction: In recent years, new generations of hematology analyzers expanded the arsenal of hematological parameters for the evaluation of patients with thrombocytopenia. Among these, the determination of the immature platelet fraction (IPF) count figure among the most promising markers for relate with the thrombopoietic activity. In an analogous manner to the reticulocyte count for red series, the IPF increases in conditions where there is greater thrombopoietic activity, thus becoming a potential aid in the differential diagnosis in different causes of thrombocytopenia. Among these, the differential diagnosis of immune thrombocytopenia (ITP) and hereditary thrombocytopenia (HT) can be challenging, particularly in patients where the clinical presentation does not point clearly to one of this two groups. Furthermore, although the IPF behavior has been demonstrated in different etiologies of thrombocytopenia, the evaluation of the reproducibility of this parameter, essential aspect for it clinical use, is still limited. Methodology: In this study, we evaluated the IPF, the MPV (mean platelet volume) and TPO in a cohort of patients with post-chemotherapy thrombocytopenia (n = 56), medullary insufficiencies (myelodysplasia and aplastic anemia; n = 22), ITP (n = 105) and HT (n = 27). The IPF determination was realized in Sysmex XE5000 hematology analyzer and a subgroup of patients with HT, intra- and inter-testing assays were performed. For refinement analysis of thrombopoietin activity in patients with ITP and HT, plasma levels of thrombopoietin (TPO) were measured by ELISA. Results and Conclusions: The IPF count showed a expected behavior in patients with post-chemotherapy thrombocytopenia and bone marrow failure, with significantly lower values than ITP. Contrary to expectations, significantly higher IPF values were observed in patients with HT, giving to IPF a significant diagnostic accuracy for differential diagnosis between PTI and TH. Considering a cutoff value of 17.45%, the IPF was able to differentiate these two conditions with a sensitivity of 77.78% and a specificity of 71.43%. Reproducibility tests confirmed that the IPF count is a robust parameter even in the subgroup with elevated scores and HT diagnostic. During this study, results of another Japanese group also noted high IPF values in a smaller cohort of patients with HT. In conclusion, the IPF is an attractive parameter to aid in the differential diagnosis between TH and PTI Mestrado Clinica Medica Mestre em Ciências 2013/09319-0 CAPES