Tesis
Caracterização das estenoses intracranianas em pacientes admitidos com acidente vascular cerebral isquêmico
Description of intracranial stenosis in patients admitted with ischemic stroke
Registro en:
Autor
Cardoso, Fabricio Buchdid, 1977-
Institución
Resumen
Orientador: Li Li Min Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas Resumo: Estenose intracraniana (EI) é uma doença agressiva com altos índices de recidiva e está associada a fatores de risco cardiovascular modificáveis. No entanto, é mais comum na população Asiática sugerindo um possível componente genético e mecanismos na sua génese que podem ser diferentes da aterosclerose extracraniana (AE). Nosso objetivo é estudar a freqüência de EI em uma população atendida em hospital terciário com diagnóstico de todas as causas de acidente vascular cerebral isquêmico. MÉTODOS: Este é um estudo observacional transversal de pacientes com acidente vascular cerebral isquêmico (AVCI) admitidos no Departamento de Emergência do HC-UNICAMP a partir de janeiro de 2011 a dezembro de 2011. Todos os pacientes submetidos à angiotomografia (AngioTC) foram selecionados. Os exames de AngioTC foram realizados em um scanner de 64 canais, (Brilliance Philips Healthcare, Best, Holanda) e analisados em software 3D para avaliação vascular (Bilthoven, Holanda), por um único examinador. A classificação Bouthillier foi utilizada para determinar os segmentos de carótida interna. Estenose intracraniana foi definida como mais de 50% de estreitamento. Locais como a artéria carótida interna (ACI), artéria cerebral anterior (ACA), segmentos M1 e M2 da artéria cerebral média (ACM), segmento V4 da artéria vertebral (AV), os segmentos de artéria basilar (AB), P1 e P2 da artéria cerebral posterior (ACP) foram medidos. Os pacientes com e sem EI foram comparados de acordo com idade, sexo, hipertensão, diabetes mellitus, fibrilação atrial, dislipidemia, AVCI prévio, doença arterial coronariana, NIHSS, classificação de TOAST, escala de Rankin modificado e ateromatose extracraniana (AE). Nas avaliações estatísticas foram realizados análise descritiva, Mann Whitney U em variáveis numéricas, Fisher e qui-quadrado em variáveis categóricas. RESULTADOS :. Cento e doze pacientes (idade média = 62 ± 13 anos, 73 [65%] homens) tinham AngioTC completa. Sessenta e quatro (57%) tiveram EI. Naqueles com EI foram encontradas 195 lesões intracranianas, 54% (106) foram no segmento intracraniano da carótida interna, Pacientes com EI eram mais velhos, tiveram maior NIHSS, apresentavam-se mais hipertensos, tinha mais fibrilação atrial e apresentaram maior freqüência de AE. Quando comparados grupos com presença e ausência de EI os dados foram os seguintes, respectivamente: Idade 66 (DP ± 10) versus 57 (DP ± 14); p <0,0001, NIHSS 8 (DP ± 6) versus 11 (DP ± 7); p = 0,03, Hypertensão 81 versus 50%; p <0,0001, Fibrilação Atrial (FA) de 20 versus 50%; p <0,0001 e AVCI prévio 25 versus 55%; p <0,002. Além disso, pacientes com AE apresentaram diferença entre grupos, sendo a EI mais comum nos pacientes com AE, 83 versus 40%; p <0,0001. Pacientes com EI mostraram 7,3 vezes maior risco de ter EA. (Qui-quadrado = 22,33; p <0,0001; odds ratio = 7,35, 95% IC: 3,08-17,54). CONCLUSÃO: A freqüência de EI em nossa população de etnia mista é muito elevada, mesmo em comparação com estudos asiáticos, a região com a maior prevalência de EI. Além disso, os pacientes com AE têm riscos sete vezes maior de doença intracraniana simultânea, o que sugere que EI possa fazer parte do espectro da aterosclerose vascular extracraniana Abstract: Intracranial stenosis (IS) is an aggressive disease with high recurrence rates. It is associated with modifiable vascular risk factors, yet it is more common in the Asian population suggesting a possible genetic component and mechanisms in its genesis that may be different of extracranial atherosclerosis (EA). We aim to study the frequency of IS in a delimited tertiary hospital population with diagnostic of all causes of ischemic stroke. METHODS: This is a cross-sectional observational study of patients with ischaemic stroke (IC) admitted to the Emergency Department of HC-UNICAMP from January 2011 to December 2011. All patients who underwent to Computed Tomography Angiography (CTA) were selected. Computed Tomography Angiography (CTA) examinations were performed in a 64- slice scanner, (Brilliance Philips Healthcare, Best, the Netherlands) and analyzed in three-dimensional vascular evaluation software (Bilthoven, Netherlands) by a single examiner. Bouthillier classification was used to classify the internal carotid segments. Intracranial stenosis (IS) was defined as more than 50% of narrowing. Sites as internal carotid artery (ICA), anterior cerebral artery (ACA), segments M1 and M2 of middle cerebral artery (MCA), V4 segment of the vertebral artery, basilar artery segments, P1 and P2 of the posterior cerebral artery (PCA) were measured. Patients with and without IS were compared according to age, sex, hypertension, diabetes mellitus, atrial fibrillation, dyslipidemia, previous stroke, coronary arterial disease, NIHSS, TOAST classification, Rankin modified scale, EA. The descriptive analysis, Mann Whitney U in numerical, Fisher's and Chi-square in categorical variables, were used as statistical calculation. RESULTS: One-hundred-twelve patients (mean age = 62±13 years, 73 [65%] men) had all vessels CT angiography. Sixty four (57%) had IS. Those with IS were found 195 intracranial lesions, 54% (106) were in the internal carotid artery intracranial segment, Patients with IS were older, had higher NIHSS mean, presented more hypertensives, had more atrial fibrillation and presented higher frequency of EA. When intracranial stenosis presence and ausence were compared the results according to variables were the following, respectively: Age 66±10 versus 57±14; p<0,0001, mean NIH 8±6 versus 11±7; p=0,03, HBP 81 versus 50%; p<0,0001, AF 20 versus 50%; p<0,0001 and previous stroke 25 versus 55%; p<0,002. Also, patients with EA had significant difference in two groups and IS was more common in patients that presented EA 83 versus 40%; p <0,0001. Patients with IS had a 7.3 times higher risk of having EA. ( odds ratio = 7.35 , 95% confidence interval 3.08-17.54). CONCLUSION: The frequency of IS in our ethnic mixed population is very high even in comparison to Asian studies, the region with the highest prevalence of IS. Moreover, patients with EA have seven times higher risks of simultaneous intracranial disease, which suggests IS is part of spectrum of extracranial vascular atherosclerosis Mestrado Fisiopatologia Médica Mestre em Ciências