Tesis
Atipias de celulas glandulares do colo uterino e detecção de papilomavirus humano de alto risco oncogenico
Registro en:
(Broch.)
Autor
Oliveira, Eliane Regina Zambelli Mesquita de
Institución
Resumen
Orientadores: Sophie Françoise Mauricette Derchain, Luiz Carlos Zeferino Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas Resumo: Objetivos:Avaliar a detecção de Papilomavírus humano (HPV) de alto risco oncogênico pelo teste de Captura Híbrida 11(CH 11)em mulheres com resultado da colpocitologia oncológica sugestiva de atipias de células glandulares (ACG). Sujeitos e métodos: Estes três trabalhos foram realizados através de um estudo de corte transversal com mulheres encaminhadas com ACG ou Adenocarcinoma in situ (AIS) no exame de rastreamento de câncer cervical. Para o terceiro objetivo, estas mulheres foram comparadas com um grupo de pacientes atendidas por lesões escamosas de alto grau (HSIL). O estudo foi realizado no Ambulatório de Patologia Cervical e no Laboratório de Citologia do Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher (CAISM) da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) no período de Novembro de 2001 a Março de 2004. As mulheres foram submetidas à coleta de amostra cervical para citologia convencional e teste de CH 11para detecção do DNA-HPV de alto risco oncogênico, e avaliação colposcópica. Todas mulheres com anormalidades citológicas persistentes ou alterações colposcópicas foram submetidas à biópsia cervical colpodirigida, conização com alça ou a frio. Resultados: No primeiro artigo, foram incluídas 91 mulheres encaminhadas por citologia com ACG, sendo que o resultado da segunda citologia foi normal em 28 casos (31%), com ACG em 17 casos (19%) e 24 casos com HSIL ou lesões mais graves (26%). O teste de CH 2 foi positivo em 36% dos casos, sendo o DNA-HPV detectado em 87% das mulheres com HSIL, em 100% das mulheres com AIS, 24% das mulheres com ACG e em apenas 11% das mulheressem anormalidades citológicas. No segundo artigo, foram avaliadas 146 mulheres encaminhadas por citologia com ACG, ACG associadas a HSIL e AIS, e a prevalência total de DNAHPV de alto risco oncogênico foi de 38%. O DNA-HPVfoi detectado em 93% das mulheres com ACG associado a HSIL e em 71% daquelas citologias com AIS. Já, as mulheres com ACG puras tiveram uma prevalência de 29% na detecção do DNA-HPV. Quarenta e cinco mulheres (30,8%) tinham NIC 2 ou lesões mais graves. O DNA-HPVde alto risco foi detectado em apenas 16% das mulheres que não apresentaram lesões histológicas, em contraste com 96% das mulheres com NIC 2 ou NIC 3 e 75% das mulheres com AIS. As mulheres com carcinoma cervical invasivo, escamoso ou glandular, apresentaram DNA-HPV de alto risco detectável em 85% dos casos. A detecção do DNA-HPV esteve significativamente associada com o diagnóstico histológico de NIC 2 ou lesões mais graves. No terceiro artigo, foram avaliadas 247 mulheres que apresentavam na análise histológica 38 (15%) cervicites, 194 (75%) lesões escamosas e 15 (9%) de neoplasia glandular.Apenas 30% das pacientes com ACG e HPV negativo tiveram alguma lesão glandular ou escamosa em comparação com 76% das mulheres com ACG e HPV positivo. Nas mulheres com ACG e HSIL, a maioria das lesões histológicas, NIC 2 ou mais graves, foi associada ao teste de HPV positivo. A maioria das lesões (95%) encontradas nas pacientes com ACG e HSIL foi de natureza escamosa, e a CH II não contribuiu para a diferenciação de lesões glandulares. Conclusões: A segunda citologia associada ao teste para detecção do DNA-HPV de alto risco oncogênico pode melhorara conduta nas mulheres com ACG detectado na citologia de rastreamento. A detecção do DNA-HPV esteve fortemente associada com a gravidade da lesão histológica cervical nas mulheres com citologia com ACG ou AIS. O teste de HPV pôde auxiliar na identificação de lesões significativas escamosas ou glandulares, porém não foi capaz de discriminar as lesões glandulares das escamosas Abstract: Objectives: Detection of high-risk human papillomavirus(HPV) DNA by hybrid capture 2 (HC 2) in women referred due to atypical glandular cells (AGC) in the primary screening. Subjects and Methods: A cross-sectional study was conduded on women referred due to AGC or adenocarcinoma in situ (AIS) in the primary screening. These women were compared with a group that had high-grade squamous intraepitheliallesion (HSIL). The study was conduded at the Cervical Patology Ambulatory and Cytology Laboratory of the Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher at the Universidade Estadual de Campinas from November 2001 to March 2004. Cervical sample had been colleded for conventional cytology and HPV testing by HC II. The colposcopy had been performed and all women with persistent cytology abnonnalities or colposcopy abnormalities were submitted a cervical biopsy or conization.Results: In 91 women induded in the first paper, a second Pap smear was taken and HPV-DNA test was performed using HC II. The second Pap smear showed no abnormalities in 28 (31%) cases, ACG in 17 (19%) cases and HSIL or worse in 24 (26%). HC II test was positive in 36% of the altogether cases. Considering the second Pap smear diagnosis, HPV-DNA was deteded in 87% of the women with HSIL, 100% of women with AIS, 24% of women with AGC and only in 11% of the women with no abnormalities. In the second paper, the overall prevalence of HPV-DNA was 38%. HPV-DNA was detected in 93% ofthe women with HSIL associated with AGC and in 71% of women with AIS at Pap smear, being significantly higher when compared with the prevalence (29%) in women with AGC alone. Forty-five women (30.8%) had dinically significant histologicallesions (CIN 2 or worse). High-risk HPV-DNA was detected in only 16% of the women without significant abnormalities in biopsy, in contrast to 96% ofthose who had CIN 2 or CIN 3 and 75% of women with AIS. Women with invasive carcinoma (squamous cells or adenocarcinoma) had over 75% of HPVDNA positivity. The last paper histological analysis disdosed 38 (15%) cervicitis, 194 (75%) squamous lesions and 15 (9%) glandular neoplasia. Only 30% of AGC-HPV negative patients have a pathologically proven cervical lesion, whereas 76% of women with AGC-HPV positive have been diagnosed with some squamous or glandular lesion. In women with AGC-HSIL, the proportion with significant histological lesion was higher when HPV test was positive. Most (95%) of the lesions in patients with AGC-HSIL were of squamous nature, and HPV do not contribute its differentiation trom glandular. Conclusion: The use of the second Pap smear combined with HPV-DNA may improve the management of women with AGC detected in the primary screening. HPV-DNA detection was significantly associated with the severity of cervicallesion (CIN 2 or worst) in women referred for AGC or AIS in their Pap smear. HPV test should help to identify significant squamous or glandular lesion among women referred due to glandular or squamous abnormalitiesat Pap smear, however the test are unable to discriminate glandular from squamous lesion Doutorado Tocoginecologia Doutor em Tocoginecologia