Tesis
Análise eletromiográfica dos músculos do assoalho pélvico em mulheres ativas e sedentárias = Pelvic floor muscles' electromyographic analysis in active and sedentary women
Pelvic floor muscles' electromyographic analysis in active and sedentary women
Registro en:
Autor
Adami, Delcia Barbosa de Vasconcelos, 1973-
Institución
Resumen
Orientadores: Simone Botelho Pereira, Cássio Luis Zanettini Riccetto Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas Resumo: Introdução: Até o momento há controvérsias sobre o impacto da atividade física (AF) para a saúde uroginecológica como meio de proteção ou desencadeamento dos sinais e sintomas de disfunção do assoalho pélvico. Objetivos: comparar a atividade eletromiográfica dos músculos do assoalho pélvico (MAP) de mulheres ativas e sedentárias de acordo com a modalidade e o nível de AF. Métodos. Estudo analítico observacional, transversal, constituído por 161 mulheres selecionadas na Associação Atlética Caldense de Poços de Caldas ¿ MG, distribuídas de acordo com as modalidades de exercício físico praticado (1) Caminhada (n=76); (2) Musculação (n=29); (3) Voleibol categoria máster (n=19); e (4) Sedentárias (n=37). Os sintomas vaginais e urinários foram avaliados por meio dos questionários: International Consultation on Incontinence Questionnaire on Vaginal Symptoms (ICIQ-VS); International Consultation on Incontinence Questionnaire Short-Form (ICIQ UI-SF) e International Consultation on Incontinence Questionnaire Overactive Bladder (ICIQ¿OAB). As mulheres foram também classificadas de acordo com o nível de AF (muito ativa e ativa, irregularmente ativa e sedentária), segundo o International Physical Activity Questionnaire (IPAQ). Para avaliação dos MAP realizou-se o exame de palpação digital (Escala Modificada de Oxford) seguido de investigação da atividade eletromiográfica, por meio de eletromiografia de superfície com uso de sensor endovaginal. Os dados da atividade eletromiográfica foram processados pelo software "AqData" e normalizados por meio de uma rotina do software MatLab. A caracterização da população foi realizada por meio dos testes estatísticos: Qui-quadrado, Exato de Fisher, Kruskal-Wallis, seguido por post hoc de Dunn't. Para comparação da atividade eletromiográfica e dos escores dos instrumentos foi utilizada ANOVA, com ajuste para idade, seguido pelo de teste de Tukey. A Análise de Regressão Linear foi utilizada para investigação da relação entre os fatores estudados. Resultados: As praticantes de voleibol máster apresentaram maior atividade eletromiográfica (p=0,0004) que as demais mulheres do estudo. O voleibol foi a única modalidade que apresentou relação significativa diretamente proporcional com a atividade eletromiográfica dos MAP (p=0,0001) e inversamente proporcional com o domínio sintomas vaginais do questionário ICIQ-VS
(p=0,0149). O IMC apresentou relação diretamente proporcional com os questionários ICIQ UI-SF (p=0,0170) e ICIQ-OAB (p=0,0138). A via de parto vaginal apresentou relação diretamente proporcional com o questionário ICIQ UI-SF (p=0,0281). Em relação à classificação IPAQ, 42,24% (67) das mulheres classificaram-se como "muito ativas e ativas", 27,33% (44) como "irregularmente ativas" e 30,43% (49) "sedentárias". A atividade eletromiográfica dos MAP (p=0,0345) das mulheres muito ativas e ativas foi significativamente maior quando comparada às mulheres sedentárias. Conclusões. Quanto à modalidade de exercício físico, as praticantes de voleibol máster apresentaram maior atividade eletromiográfica e menores queixas de sintomas vaginais, quando comparadas as praticantes de musculação, caminhada e às mulheres sedentárias. Quanto à classificação IPAQ as mulheres muito ativas e ativas apresentaram maior atividade eletromiográfica que àquelas sedentárias. O IMC e a via de parto vaginal apresentaram relação com os sintomas urinários Abstract: Introduction: There is still controversy about the impact of physical activity on urogynecological health, if it protects it or triggers the signs and symptoms of pelvic floor dysfunction. Aims: Our aim was to compare active and sedentary women's pelvic floor muscle (PFM) electromyographic activity, according to their physical activity's modality and level. Methods: An analytical, observational, transversal study, including 161 women selected in Caldense Athletic Association in Poços de Caldas-MG, distributed according to the exercise modalities they practiced (1) walking (n = 76); (2) bodybuilding (n = 29); (3) Volleyball master category (n = 19); and (4) Sedentary (n = 37). Vaginal and urinary symptoms were assessed through the following questionnaires: International Consultation on Incontinence Questionnaire on Vaginal Symptoms (ICIQ-VS); International Consultation on Incontinence Questionnaire-Short Form (ICIQ-UI SF) and International Consultation on Incontinence Questionnaire Overactive Bladder (ICIQ-OAB). These women were also classified according to their physical activity level (very active and active, irregularly active and sedentary), as in the International Physical Activity Questionnaire (IPAQ). PFM evaluation was performed through digital palpation exam (Oxford Modified Scale) followed by electromyographic activity investigation by means of surface electromyography, using a transvaginal sensor. The electromyographic activity data were processed by AqData software and normalized through routine MatLab software. The characterization of the population was carried out by means of statistical tests: Chi-square, Fisher exact, Kruskal-Wallis followed by post hoc Dunn't tests. To compare the electromyographic activities and instruments' scores, ANOVA was used with adjustment for age, followed by the Tukey test. Linear Regression analysis was used to investigate the relationship among the studied factors. Results: The master volleyball players showed higher electromyographic activity (p=0.0004) than the other women in the study. Volleyball was the only modality that showed a significant relationship directly proportional to the PFM' electromyographic activity (p=0.0001) and inversely proportional to the vaginal symptoms domain in ICIQ-VS (p=0.0149). BMI showed a directly proportional relationship with ICIQ-UI SF (p=0.0170) and ICIQ-OAB (p=0.0138) questionnaires. Vaginal delivery route presented directly proportional relationship with ICIQ-UI SF (p=0.0281). Regarding IPAQ classification, 42.24% (68) of the women was classified as "very active and active", 27.33% (44) as "irregularly active" and 30.43% (49) as "sedentary". Very active and active women's PFMelectromyographic activity (p=0,0345) was significantly higher compared to sedentary women. Conclusions: Comparing physical activity modalities, the volleyball master category players presented higher electromyographic activity and less vaginal symptom complaints compared to bodybuilding and walking practitioners as well as sedentary women. As for IPAQ classification, the very active and active women presented higher electromyographic activity compare to the sedentary ones. Among the studied factors both BMI and vaginal delivery presented proportional relation with urinary symptoms Doutorado Fisiopatologia Cirúrgica Doutora em Ciências