Tesis
Reposição volemica no choque por hemorragia incontrolada : estudo experimental
Registro en:
(Broch.)
Autor
Capone Neto, Antonio
Institución
Resumen
Orientador: Renato Giuseppe Giovanni Terzi Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas Resumo: No tratamento do choque hemorrágico de qualquer natureza, recomenda-se a rápida reposição de volume para restaurar a pressão arterial normal. Entretanto, existem evidências de que a normalização da pressão arterial,.na vigência de choque por hemorragia incontrolada, aumenta a hemorragia, a hemodiluição e a mortalidade. Realizou-se este estudo para se avaliar os efeitos imediatos e tardios de diferentes métodos de reposição volêmica durante o choque por hemorragia incontrolada. Utilizou-se um modelo experimental em ratos. Produzia-se o choque por hemorragia incontrolada pelo sangramento preliminar de 3m1/100g, seguido da amputação de 75% da cauda. O desenho experimental consistia de 3 fases: 1) a fase "pré hospitalar", na qual se produzia a hemorragia incontrolada e se avaliava a reposição volêmica objetivando pressão arterial média de 40mmHg (reposição parcial) ou de 80mmHg (reposição completa). Testou-se a reposição com
Ringer com lactato, com solução de amido hidroxietílico a 6% e com sangue total; 2) a fase "hospitalar", na qual se realizava a hemostasia do ferimento e a infusão de Ringer com lactato e sangue total, para retomar a pressão arterial média para 80mmHg e o hematócrito para 30%; e 3) a fase de observação, com duração de 3 dias. Demonstrou-se que as tentativas de normalização da pressão arterial com Ringer com lactato, durante o choque por hemorragia incontrolada, provocam aumento do sangramento, hemodiluição severa e mortalidade maior e mais precoce. O uso do amido hidroxietílico somente, mesmo para manter pressão arterial média em 40mmHg, também acarretou maior hemodiluição e mortalidade. A utilização precoce de sangue no tratamento deste tipo de choque evitou a hemodiluição severa e aumentou a sobrevida tanto na reposição parcial como na completa (normotensão). Quando não houver disponibilidade imediata de sangue, a reposição parcial com cristalóide poderá resultar em maior sobrevida que a reposição objetivando pressão arterial normal Abstract: Prehospital guidelines for the treatment of hemorrhagic shock r.ecommend rapid volume resuscitation to normal blood pressure. However, there is eviderice that fluid resuscitation (FR) to normal blood pressure in the setting of uncomtrolledl hemorrhagic shock (UHS) causes increased bleeding, hemodilution and mortality. The purpose of this study was to examine the long-term effects of different FR regimens during UHS, using a outcome rat model. UHS was produced by preliminary bleed of 3ml/100g, followed by 75% tail amputation. Experimemtal design consisted of 3 phases: 1) a "prehospital phase" with UHS arnd resuscitation aimed at mean arterial pressure (MAP) of 40mmHg (hypotensive FR) or 80mmHg (normotensive FR). It was tested FR with lactated Ringer' s (LR), Hydroxyethyl-starch 6% (HES) and whole blood (WB); 2) a "hospital phase" with control of the.bleeding and continued resuscitation to MAP > 80mmHg and hematocrit near 30%; 3) a three day observation phase. This study demonstrates that attempts to achieve normal MAP with LR, during uncontrolled bleeding, increases blood loss, hemodilution arid mortality. Infusion of only HES increases bleeding, hemodilution and mortality, even in hypotensive FR. The early use of blood in the treatment of UHS, avoiding severe hemodilution, may significantly improve survival in both normotensive and hypotensive resuscitation. When blood is unavailable in the prehospital setting, "hypotensive resuscitation" with LR may offer a survival benefit Doutorado Cirurgia Doutor em Cirurgia