Tesis
Avaliação do estado de selênio dos pacientes em uso de nutrição parenteral
Selenium state evaluation of patients using parenteral nutrition
Registro en:
FREITAS, Renata Germano Borges de Oliveira Nascimento. Avaliação do estado de selênio dos pacientes em uso de nutrição parenteral. 2016. 1 recurso online ( 87 p.). Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas, Campinas, SP.
Autor
Freitas, Renata Germano Borges de Oliveira Nascimento, 1989-
Institución
Resumen
Orientadores: Gabriel Hessel, Roberto José Negrão Nogueira Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas Resumo: O objetivo principal do trabalho foi analisar o estado atual de selênio e verificar o efeito da suplementação de pacientes hospitalizados em uso de nutrição parenteral (NP). Métodos: Estudo longitudinal desenvolvido em 4 artigos com pacientes hospitalizados em uso de NP que foram acompanhados em 3 momentos (inicio, 7º e 14º dia de NP). Após a randomização, o grupo suplementado de pacientes pediátricos e adultos recebeu 2 ?g/kg/dia e 60 ?g/dia de ácido selenioso respectivamente. Os exames bioquímicos realizados foram: selênio plasmático, glutationa peroxidase (GPx), pre-albumina, proteína C reativa, albumina, colesterol total, HDL Colesterol, creatinina, triglicerideos, linfócitos. O estado nutricional foi classificado de acordo com o Índice de Massa Corporal (IMC) para adultos, peso/idade e IMC/idade para crianças. Resultados: Foram avaliados 77 pacientes adultos com idade média de 56.17±15.7 anos. A amostra estava principalmente normoponderal (65.3%; n = 32/49) e com sobrepeso (22.4%; n = 11/49). Verificou-se baixos níveis de selênio plasmático (98.7%) e GPx (60%) e elevados de PCR (98,5%) na maioria dos casos. Não houve correlação dos níveis de selênio e GPx com a PCR e demais exames bioquímicos (p > 0,05). Não houve diferença significativa dos níveis de selênio e GPx entre os pacientes diagnosticados com câncer e/ou sepse (p>0,05). Entre os 44 pacientes internados na unidade de terapia intensiva, houve correlação positiva dos níveis de selênio com os de GPx (r = 0.46; p = 0.03). Ao longo do seguimento, a pré-albumina foi o único parâmetro que apresentou melhora estatisticamente significante (p = 0.05). Neste momento, verificou-se correlação positiva da pré-albumina com o selênio (r = 0.71; p = 0.05) independente dos valores de PCR. Com relação aos suplementados adultos, o selênio plasmático estava maior no grupo suplementado que no grupo não suplementado, até o 7º dia (p = 0.05). Entre o 1º e o 14º dia, observou-se aumento do selênio e da PCR nos grupos com e sem selênio (p<0.05). Entre os pacientes pediátricos (n = 14), a maioria estava com baixo ou muito baixo peso para a idade. Em ambos os grupos (com e sem suplementação), todos os pacientes tinham baixos níveis de selênio. A mediana do selênio plasmático foi de 17.4 ?g/L (início), 23.0 ?g/L (7º dia) e 20.7 ?g/L (14º dia). Conclusões: Nos adultos e crianças, o selênio plasmático alterou independentemente da PCR e a suplementação de selênio não foi suficiente para atingir os valores de referência do selênio plasmático e GPx. Os baixos níveis de selênio encontrados durante todo o estudo mostraram a necessidade de monitoramento do estado de selênio, principalmente em pacientes adultos internados na UTI com pré-albumina baixa e crianças com inflamação Abstract: The aim of this study was to analyze the current state of selenium and verify the effect of supplementation of hospitalized patients using parenteral nutrition (PN). Methods: Longitudinal study was developed in four articles with hospitalized patients using PN that were followed for 3 time periods (first, seventh and fourteeth day PN). After randomization, the supplementation group of pediatric and adult patients received 2 mcg / kg / day and 60 mcg / day of selenious acid respectively. The biochemical tests performed were: plasma selenium, glutathione peroxidase (GPx), pre-albumin, C-reactive protein (CRP), albumin, total cholesterol, HDL cholesterol, creatinine, triglycerides, and lymphocytes. Nutritional status was classified according to body mass index (BMI) for adults, weight-for-age and BMI-for-age for children. Results: There were a total of 77 adult patients with a mean age of 56.17 ± 15.7 years. The sample was eutrophic (65.3%, n = 32) and overweight (22.4%, n = 11). Selenium and GPx levels (98.7% and 60%, respectively) were low and CRP (98,5%) was elevated in most cases. There was no correlation between selenium and GPx levels with CRP and other biochemical tests (p> 0.05). The selenium and GPx concentrations showed no significant difference between patients diagnosed with cancer and/or sepsis (p> 0.05). Among the 44 patients hospitalized in the intensive care unit, there was a positive correlation between selenium levels and GPx (r = 0:46; p = 0.03). Throughout the study, pre-albumin showed statistically significant improvement (p = 0.05). Then, there was a positive correlation between prealbumin and selenium (r = 0.71; p = 0.05), independent of the CRP values. Regarding the adults supplemented, plasma selenium was higher in the supplemented group than in the non-supplemented group, until the 7th day (p = 0.05). After 14 days, we observed an increase of plasma selenium and CRP in both groups (p <0.05). Among pediatric patients (n = 14), most of them were low or very low weight for age. In both groups (with and without supplementation), all patients had low selenium levels. The median plasma selenium was 17.4 mcg / L (baseline), 23.0 mcg / L (7th day) and 20.7 mcg / L (14th day). Conclusions: In adults and children, plasma selenium changed independently of the CRP and selenium supplementation was not enough to achieve the reference values of plasma GPx and selenium. The low selenium levels found throughout the study show the need for monitoring of selenium status, especially among adult ICU patients with low prealbumin and children with inflammation Doutorado Saude da Criança e do Adolescente Doutora em Ciências CAPES