Tesis
Eletroencefalograma na neuroemergência = impacto na avaliação de pacientes com alteração do estado de consciência e em pacientes na fase a hiperaguda do AVC = Electroencephalogram in neuroemergency : impact in the evaluation of patients with impairment of consciousness and patients in the hyperacute phase of stroke
Electroencephalogram in neuroemergency : impact in the evaluation of patients with impairment of consciousness and patients in the hyperacute phase of stroke
Registro en:
Autor
Ricardo, João Adilson Gama, 1979-
Institución
Resumen
Orientador: Fernando Cendes Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas Resumo: Título: Eletroencefalograma na Neuroemergência: impacto na avaliação de pacientes com alteração do estado de consciência e em pacientes na fase a hiperaguda do AVC Introdução: O eletroencefalograma (EEG) é um exame barato e pouco disponível fora do horário comercial nos serviços de emergência da maioria dos hospitais. A importância do EEG é indiscutível na epileptologia. Na alteração do estado de consciência (AEC) e coma, o EEG adiciona ao exame clínico e serve como fator prognóstico. O acidente vascular cerebral (AVC) é a primeira causa de epilepsia de início após os 65 anos, mas os padrões eletrográficos preditores de crise e de prognóstico nas primeiras 24 horas carecem de mais estudos. O trabalho foi dividido em dois capítulos: Capitulo I: Impacto do EEG no diagnóstico e conduta dos pacientes com AEC. Objetivo: Avaliar o impacto do EEG em pacientes com AEC no pronto socorro (PS) e unidade de terapia intensiva (UTI) do hospital de clínicas da Unicamp (HC-Unicamp). Materiais e métodos: Incluímos pacientes acima de 18 anos com AEC, submetidos ao exame de EEG entre maio de 2008 e junho de 2009. Os exames foram realizados com aparelho Nihon Khoden e os eletrodos foram colocados de acordo ao Sistema Internacional 10-20. Os pacientes foram seguidos até a alta ou desfecho em óbito. Usamos o teste do Qui-quadrado ou exato de Fisher e consideramos _ de 5% para significância estatística. Resultados: Foram realizados 1679 EEGs no período de estudo, dos quais 149 (8,9%) eram provenientes do PS e da UTI. Íncluímos 65 pacientes e analisamos 94 EEGs. Foi observada atividade epileptiforme em 42 (44,7%) dos EEGs. O EEG mudou a conduta médica em 72,2% dos pacientes. A razão principal para solicitação do EEG foi a AEC sem causa definida, representando 36,3%, 11 (33%) destes pacientes apresentaram atividade epileptiforme. A ausência de reatividade no traçado de EEG estava associada a pior prognóstico nos pacientes com AEC (P=0,004). Capítulo II: Impacto do EEG na avaliação de pacientes na fase a hiperaguda do AVC, dentro das 24 horas. Objetivos: Avaliar as características dos EEGs de pacientes com AVC na fase hiperaguda (dentro de 24 horas do íctus). Determinar o papel do EEG no prognóstico dos pacientes com AVC e os achados relacionados à ocorrência de crises epilépticas na fase aguda ou mais tardiamente. Materiais e métodos: Íncluídos consecutivamente pacientes com AVC com 24 horas do íctus e confirmado por exame de imagem no HC-Unicamp, de março de 2010 a dezembro de 2011. Foram excluídos pacientes que apresentaram acidente isquêmico transitório (AIT), hemorragia subaracnoidea (HSA), lesão cerebral tumoral, trombose de seio venoso (TSV), hemorragia de origem traumática, com história prévia de epilepsia e com mais de 24 horas do início dos sintomas. Os pacientes foram submetidos ao exame de EEG, aparelho digital Nicolet. O prognóstico foi medido com a Escala de Rankin modificada (ERm). Usamos o teste do Qui-quadrado ou exato de Fisher e consideramos _ de 5% para significância estatística. Resultados: Participaram no estudo 94 pacientes. Observamos que do total de 94 EEGs analisados, a atividade epileptiforme foi muito frequente (40,4%). Observamos que 41 (43,6%) EEGs apresentaram alterações bilaterais embora o hemisfério contralateral não apresentasse lesão estrutural na imagem. Estas alterações eletroencefalográficas no hemisfério contralateral estavam associadas a um prognóstico desfavorável (ERm>3). Conclusão: O EEG é um exame pouco solicitado no PS e UTI. A frequência de atividade epileptiforme foi alta nos pacientes com AEC. O exame mudou a conduta médica em 72,2% dos casos. A ausência de reatividade no traçado de EEG à abertura e fechamento ocular pode ser usada como marcador de pior prognóstico. Atividade epileptiforme é muito frequente na fase hiperaguda do AVC e a presença de alterações eletroencefalográficas no hemisfério contralateral ao lado de lesão no exame de imagem estão associadas a um prognóstico desfavorável Abstract: Title: Electroencephalogram in the Neuroemergency: Impact on evaluation of patients with impairment of consciousness and patients on hyperacute phase of stroke Introduction: The EEG is an inexpensive tool, but not available during out of business hours in most emergency departments. Our work was divided into two chapters: Impact of EEG in the diagnosis and management of patients with impairment of consciousness and on patients within hyperacute phase of stroke. Chapter I: Impact of EEG in the diagnosis and management of patients with impaired consciousness. Objective: To evaluate the impact of EEG of patients with impaired consciousness in the Emergency Room and Intensive Care Unit of the Clinical Hospital of Unicamp Materials and Methods: We included all patients over 18 years with impaired consciousness in Whom EEG was performed between May, 2008 and June, 2009. We used a Nihon Khoden analogical system and electrodes were placed according to the 10-20 International System. Patients were followed-up until discharge or death. For statistical analyses we used chi-square or Fisher's exact tests and statistical significance was considered at _ of 5%. Results: 1679 EEGs were performed during the study, with 149 (8.9%) from ER and ICU. We included 65 patients and 94 EEGs to analyze. Epileptiform activity was present in 42 (44.7%). EEG results changed clinical management in 72.2% of patients. The main reason of EEG requisition was unexplained impaired consciousness, representing 36.3% of all EEGs analyzed. Eleven (33%) of these had epileptiform activity. Non reactivity after manual opening and closing eyes was associated with poor prognosis (P=0,004). Chapter II: Impact of the EEG in the evaluation of patients within hyperacute phase of stroke Objectives: To evaluate EEG patterns of patients within 24 hours of the stroke ictus and to determine the role of EEG on prognosis and occurrence of seizures. Material and Methods: We included all patients with stroke within 24 hours confirmed by Imaging at Clinical Hospital of Unicamp, between March 2010 and December 2011. Patients with transient ischemic attack, venous sinus thrombosis, subarachnoid hemorrhage, tumor, cerebral traumatic hemorrhage patient with epilepsy and ictus stroke over 24 hours were excluded. The prognosis was measured using modified Rankin Scale (mRS). For statistical analyses we used chi-square or Fisher's exact tests and statistical significance was considered at _ of 5%. Results: We enrolled 94 patients and analyzed the same number of EEG. Epileptiform activity was very frequent (40.4%). We observed 41 (43.6%) of EEGs with abnormality in the contralateral hemisphere despite of normal imaging. These contralateral EEG abnormalities were associated with unfavorable prognosis (mRS>3). Conclusion: eEEG is underused in ER and ICU. The frequency of EEG with epileptiform activity was high in patients with unexplained impairment of consciousness. eEEG was useful, either confirming or ruling out the suspected initial diagnosis and changing medical management in 72.5%. Non reactivity on EEG tracing after manual opening and closing eyes may be used as predictor of poor prognosis. Epileptiform activity was frequent in the hyperacute phase of stroke and EEG abnormality in the contralateral side of the image stroke lesion was associated with a poor prognosis Doutorado Fisiopatologia Médica Doutor em Ciências