Tesis
Efeitos da exposição ao ambiente obesogênico em diferentes fases do desenvolvimento sobre a morfofisiologia da próstata de ratos Wistar = The effects os exposure to obesogenic environment at different developmental phases on prostate morphophysiology os Wistar rats
The effects os exposure to obesogenic environment at different developmental phases on prostate morphophysiology os Wistar rats
Registro en:
Autor
Pytlowanciv, Eloísa Zanin, 1987-
Institución
Resumen
Orientador: Rejane Maira Góes Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia Resumo: Dados experimentais indicam que a dieta hiperlipídica (HFD) afeta a atividade proliferativa e a saúde prostática. Entretanto, as consequências da obesidade materna e do ambiente obesogênico (AO) por excesso de lipídeos na dieta, para a próstata, ainda permanecem inconclusivos. Esse estudo investigou os efeitos do AO, em diferentes fases do desenvolvimento de ratos Wistar, sobre a morfofisiologia da próstata na vida adulta e as possíveis correlações com o estado metabólico e a regulação por esteróides sexuais. Ratos com 19 semanas de idade (n=15 por grupo) foram subdivididos em: grupo controle (C) ¿ alimentado com dieta balanceada (3% lipídeos, 3,5Kcal/g) e grupos expostos ao AO por consumo de HFD (20% lipídeos, 4,9kcal/g) durante a gestação (G), gestação e lactação (GL), do desmame a idade adulta (DA), da lactação à idade adulta (LA) e da gestação à vida adulta (GA). O AO na gestação incluiu indução prévia da obesidade materna pela alimentação por 15 semanas com HFD. O AO levou à resistência à insulina em todos os grupos, sobrepeso em GL, obesidade e queda de testosterona circulante nos grupos DA, LA e GA e aumento dos níveis de estrógeno em GA. Além disso, houve aumento nos níveis de triglicérides e diminuição de HDL nos grupos obesos. Independente da fase do desenvolvimento, o AO leva à hipertrofia do lobo ventral da próstata, o qual, a exceção do grupo G, também exibiu aumento da atividade proliferativa epitelial. O aumento da proliferação celular nesses grupos foi concomitante com a diminuição das células imunopositivas para o receptor de andrógeno, receptor de estrógeno ? e receptor X do fígado ?, além de aumento na frequência do receptor de estrógeno ? e receptor de ativação da proliferação dos peroxissomos ?. Portanto, o aumento da proliferação celular induzido pelo AO independe da sinalização de receptor de andrógenos. O AO aumentou a morte celular por descamação, no epitélio acinar do lobo ventral, nos grupos expostos na gestação ou gestação/lactação e em maior grau no exposto por toda vida. As alterações morfológicas que caracterizam as etapas iniciais, intermediárias e finais desse tipo de morte na próstata foram estabelecidas. A perda do AR tem papel fundamental nesse processo. A exposição ao AO, antes do desmame, aumentou os focos de lesões atróficas no lobo ventral e, em períodos após o desmame, aumentou os focos de hiperplasia e neoplasia intraepitelial, conforme indicado pela análise da multiplicidade de lesões. Quanto maior o período de exposição ao AO, mais graves as lesões encontradas no lobo ventral. O AO não promoveu alterações pronunciadas na histologia dos lobos dorsal e lateral, conforme indicado pela análise microscópica e estereológica. Tampouco alterou a frequência dos receptores de andrógenos, mostrando que esses lobos são menos suscetíveis ao AO e à queda androgênica, em comparação com o lobo ventral. Conclui-se que o AO em diferentes fases da vida interfere na morfofisiologia da próstata ventral de modo proporcional ao comprometimento metabólico e à queda androgênica, levando a um estado hipertrófico e hiperproliferativo associado ao aumento de lesões patológicas e a perda coletiva de células por descamação. O ambiente obesogênico na gestação/lactação é tão prejudicial para as taxas de proliferação na próstata ventral quanto à exposição por toda a vida Abstract: Experimental data indicate that the high-fat diet (HFD) affects the proliferative activity and prostate health. However, the consequences of maternal obesity and obesogenic environment (OE) by lipids excess in the diet for the prostate remain inconclusive. This study investigated the effects of the exposure to OE at different developmental phases on prostate morphophysiology of Wistar rats at adulthood and the possible correlations with the metabolic status and regulation by sex steroids. Male Wistar rats (19 weeks-old; n=15) were fed with balanced chow (C; 3% fat, 3.5Kcal/g) or HFD (20% fat, 4.9Kcal/g) during gestation (G), gestation and lactation (GL), from post-weaning to adulthood (WA), from lactation to adulthood (LA) and from gestation to adulthood (GA). The OE during pregnancy included previous induction of maternal obesity by feeding with HFD for 15 weeks. OE led to insulin resistance in all groups, overweight in GL, obesity and decrease in circulating testosterone levels in the WA, LA and GA groups and increased estrogen levels in GA. Moreover, there was an increase in triglycerides and decrease in HDL levels in the obese groups. Regardless the developmental phase, the OE leads to ventral prostate hypertrophy which, except for the G group, also presented an increase in epithelial proliferation activity. The increase in cell proliferation in these groups was concurrent with the decrease in immunopositive cells frequency of androgen receptor, estrogen receptor ? and liver X receptor ? and increase in estrogen receptor ? and peroxisome proliferator-activated receptor ?. Therefore, the increase in cell proliferation induced by the OE is independent of the androgen receptor signaling. The OE increases cell death by desquamation, in acinar epithelium of ventral prostate, in the groups exposed during gestation and/or lactation and to a greater degree in the group exposed throughout life. The morphological changes in the prostate that characterize the earliest, intermediate and final stages of this kind of death were established. Loss of epithelial AR plays a key role in this process. OE exposure before weaning, increased atrophic lesions foci on the ventral prostate, and the exposure after weaning, increased hyperplasia and intraepithelial neoplasia foci, as indicated by the lesions multiplicity analysis. The longer the exposure period to OE, more serious were the lesions found in the ventral lobe. The OE did not promote pronounced alterations on the dorsal and lateral prostate histology, as indicated by microscopic and stereological analyses. Nor alters the androgen receptor frequency, showing that these lobes are less susceptible to the OE exposure and androgen fall, as compared with the ventral lobes. In conclusion, the OE exposure at different developmental phases interferes with ventral prostate morphophysiology proportionally with metabolic impairment and androgen decline, leading to a hypertrophic and hyperproliferative state associated with increased pathological lesions and collective loss of cells by desquamation. The exposure to OE during pregnancy/lactation is as harmful to the ventral prostate proliferation rates as the exposure for a lifetime Doutorado Biologia Celular Doutora em Biologia Celular e Estrutural 2011/03596-6 FAPESP CAPES