Orientador: Helena Maria Sant'Ana Sampaio AnderyDissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de EducaçãoResumo: Este trabalho tem por objetivo evidenciar como jovens estudantes do ensino médio de duas escolas ¿ uma escola pública e uma escola particular - localizadas no interior do estado de São Paulo, desenvolvem suas ações no cotidiano escolar, produzindo espaços para expressão e afirmação de suas identidades de gênero e sexualidades. Os procedimentos metodológicos são de diferentes naturezas. De um lado realizei um mapeamento de trabalhos produzidos nos últimos dez anos sobre a temática de gênero e sexualidade na escola. Com base nesse levantamento de estudos específicos, organizei os dados a partir de critérios como referência bibliográfica, tema central, realização ou não de trabalho de campo. De outro, desenvolvi a pesquisa de campo por meio da observação participante e da escuta de falas, brincadeiras e comentários feitos por diferentes sujeitos no cotidiano escolar. Realizei também entrevistas informais e em profundidade com diferentes profissionais que atuam como pessoal de apoio ao trabalho pedagógico ¿ bedéis, inspetores de alunos, secretárias, responsáveis pela cantina - e com membros da direção, coordenadores, professores e professoras. Durante a transcrição dos registros de campo e de trechos das entrevistas tomei o cuidado de evidenciar sentimentos, gestos e falas dos "nativos", mantendo-me o máximo possível fiel ao que observei e ouvi em campo. Nas duas escolas, a pesquisa de campo foi desenvolvida nos anos de 2013 e 2014 obedecendo ao calendário escolar. A literatura sobre o tema tem a tendência de destacar a escola como lugar de reprodução das convenções de gênero e dos scripts masculino e feminino, dados confirmados no início de minha pesquisa ao observar a forma como a equipe pedagógica organiza os espaços da escola e distribui as tarefas. No entanto, à medida que avancei na investigação percebi que as normas da escola tem pouco poder de convencimento sobre os jovens estudantes do ensino médio na faixa dos 15 aos 18 anos. Constatei que nas duas escolas pesquisadas, as relações intergeracionais e intrageracionais tendem a transformar as temáticas de gênero e de sexualidade em arenas de enfrentamentos e de negociações intermitentesAbstract: This work aims at showing how young senior high school students from two schools - one public and one private - located in the state of São Paulo, Brazil, develop their actions in every day¿s school life, producing circumstances for expressing and affirming their identity gender and sexuality. The methodological procedures are from different natures. On one hand I realized a work mapping of texts produced over the past decade on the theme of gender and sexuality in school. Based on this survey of specific studies, I have organized the data from criteria such as bibliographic reference, a central theme, performance or nonperformance of fieldwork. On the other hand, I have developed the field research through participant observation and the listening to speeches, jokes and comments made by different subjects in every day¿s school life. I have also performed casual and formal interviews with different professionals working as support staff to the pedagogical work - marshals, student inspectors, secretaries, canteen clerks - and board members, coordinators and teachers. During transcription of field records and interviews excerpts took care of showing feelings, gestures and speech of the "native", keeping me as much as possible faithful to what I observed and heard in the field. In both schools, the field research was carried out during the years 2013 and 2014 in compliance with the school calendar. The literature about the subject tends to highlight school as a place of reproducing genre conventions and male and female scripts, data that were confirmed at the beginning of my research by watching how the teaching staff organizes school spaces and distributes tasks. However, as I advanced in research I realized that the school policy has little persuasion strength upon the young senior high school students between the ages of 15 to 18. I have found that in both schools surveyed, intergenerational and intra-generational relationships tend to turn the themes of gender and sexuality into coping and intermittent dealing battlefieldMestradoCiencias Sociais na EducaçãoMestra em Educação