Tesis
Passado e presente : a Revolução Francesa no pensamento de A. Gramsci
Past and present : the French Revolution in the thought of A. Gramsci
Registro en:
Autor
Areco, Sabrina Miranda, 1980-
Institución
Resumen
Orientador: Rodrigo Duarte Fernandes dos Passos Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas Resumo: A tese trata da análise da Revolução Francesa feita por Antonio Gramsci considerando desde de seus primeiros escritos (1910) até os Quaderni del carcere, redigidos entre os anos de 1927-1935 durante a prisão sob o regime fascista de B. Mussolini. Entender a leitura da Revolução Francesa em Gramsci perpassa por situar as divergências e debates do campo historiográfico e, também, a mobilização que se fazia do passado na esfera mais propriamente política. É preciso considerar a persistência no vocabulário do começo do século XX de termos que remetem à Revolução do século XVIII, como Terror, Ano II, jacobinismo, entre outros, e as comparações que foram estabelecidas entre passado e presente sobretudo a partir de 1917. Nos primeiros escritos, Gramsci tratou da França revolucionária como paradigma e origem da modernidade política, mas recusava integralmente a fase jacobina da Convenção (1793-1794). Entre 1917-1918, ao tratar do tema, voltou sua atenção à historiografia francesa, em especial Albert Mathiez, e iniciou uma "reabilitação" dos jacobinos históricos e, a partir de 1921, tratou-os de forma positiva até sua re-elaboração como categoria teórica-analítica nos Quaderni. A Revolução Francesa, assim, será tratada nos últimos escritos como um longo processo de construção da hegemonia na França e o partido jacobino como essencial para a conformação do Estado nacional e do "povo" francês, por ter amalgamado campo e cidade. A categoria de jacobinismo está vinculada à reflexão sobre a estratégia política das classes subalternas e foi incorporada ao léxico gramsciano após o processo intelectual de maturação estimulado pela Revolução Russa e desenvolvido no período carcerário, quando passou a compor o núcleo central de sua teoria política Abstract: The thesis analysis the French Revolution's lecture made by Antonio Gramsci considering since his early writings (1910) to the Quaderni del carcere, written between the years 1929-1935 during the prison under the fascist regime of B. Mussolini. Understand the reading of the French Revolution in Gramsci permeates the place of historiography disagreements and debates and also the mobilization that was last in the sphere more specifically political. One must consider the persistence at the beginning of the twentieth century vocabulary of terms that refer to the eighteenth century Revolution as Terror, Year II, Jacobinism, among others, and comparisons were made between past and present mainly from 1917. In early writings, Gramsci treated revolutionary France as a model and source of political modernity but refused to fully Jacobin phase of the Convention (1793-1794). Between 1917-1918, to address the issue, turned his attention to the French historiography, especially Albert Mathiez, and began a "rehabilitation" of the historic Jacobins and, from 1921, he treated them in a positive way to his re-elaboration as theoretical-analytical category in Quaderni. The French Revolution thus will be dealt with in the past written as a long process of bourgeois hegemony of construction in France and the Jacobin party as essential for shaping the national state and the "people" French for having amalgamated city and country. The Jacobinism category is bound to reflect on the political strategy of the subaltern classes and was incorporated into the Gramscian intellectual lexicon after the maturation process stimulated by the Russian Revolution and developed in the prison period when he started to compose the core of his political theory Doutorado Ciencia Politica Doutora em Ciência Política 11/12494-2 FAPESP