Tesis
A restauração ecológica e a ditadura da floresta
Ecological restoration and the dictatorship of the forest
Registro en:
Autor
Bateman, Rolf, 1981-
Institución
Resumen
Orientador: Thomas Michael Lewinsohn Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas Resumo: Embora o conhecimento para a restauração ecológica tenha se ampliado consideravelmente nos últimos 30 anos, a ciência e as práticas relacionadas ainda são bastante incipientes. No Brasil a restauração se iniciou em ecossistemas florestais na Mata Atlântica, há cerca de 150 anos. A atividade se estendeu a outros biomas conforme cresceram o interesse social, as exigências legais e os estudos científicos relacionados. A fim de identificar diferenças entre projetos de restauração de ecossistemas florestais e não-florestais desenvolvidos na atualidade, examinamos 75 projetos de restauração ecológica. Métodos aplicados por diferentes instituições (empresas, ONGs, entidades governamentais e proprietários de terra) e com diferentes motivações (pesquisa, exigências legais e voluntariado) foram examinados nos biomas Mata Atlântica, Cerrado e Campos Sulinos através de entrevistas, atividades de campo e análise documental. De forma geral, os métodos usados por restauradores de ecossistemas nos três biomas são semelhantes, apesar das diferentes características ecológicas entre seus ambientes. Diferentes motivações também não determinaram a aplicação de métodos de restauração distintos. Quanto às instituições, no entanto, a diversidade e inovação das técnicas aplicadas são maiores quando universidades e centros de pesquisa estão envolvidos. O plantio de mudas arbóreas, embora mais oneroso do que outras técnicas aplicáveis e nem sempre o mais adequado, é o método mais utilizado e recomendado. A preferência pelas árvores em detrimento a outros organismos impõe o estabelecimento das florestas mesmo nos biomas onde os ecossistemas de vegetação aberta prevalecem. Sugerimos que a repetição de procedimentos em circunstâncias distintas é fruto de problemas no fluxo de informações entre instituições, da força das tradições e tem origens históricas e econômicas Abstract: Over the last 30 years, knowledge on ecological restoration has developed considerably. Nevertheless, the underlying science and practice are still fairly incipient. The first restoration initiative in Brazil took place in forest ecosystems, in the Atlantic Rain Forest, about 150 years ago. Since then, restoration has extended to other biomes as social concerns, legal requirements and relevant scientific studies increased. We examined 75 ecological restoration projects in order to identify possible differences between restoration projects in forest and non-forest ecosystems. Methods applied by different agents (enterprises, NGOs, government agencies and landowners) and with different motivations (scientific research, legal requirements and spontaneous initatives) were examined through interviews, field research and document analysis in Atlantic Rain Forest, and compared to the Cerrado and Southern Grassland biomes. In general, methods used by restoration practitioners in the three biomes are quite similar, despite the different ecological characteristics among them. Different motivations also do not determine distinct applied restoration methods. Regarding executing institutions, methodological diversity and innovation increased when universities and research centers were involved. The extensive planting of tree seedlings is the most widely employed and recommended method, although more expensive than other techniques and not always suitable. Therefore, the preference for trees over other organisms imposes the establishment of forests, even in biomes where open vegetation ecosystems prevail. We suggest that the repetition of a procedure in different circumstances is a result of problems in information flow among institutions, of the force of traditions and has economic and historical origins Doutorado Aspectos Sociais de Sustentabilidade e Conservação Doutor em Ambiente e Sociedade CAPES