Orientador: Eduardo DarugeDissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Odontologia de PiracicabaResumo: A idéia de impregnar o corpo com tatuagem é tão antiga quanto o próprio homem. Sua história sempre caminhou lado a lado, inseparavelmente, com a evolução humana. Os homens das cavernas já a utilizavam como sinônimo de coragem, para identificação de grupos e até como meio de suplicar proteção ao sobrenatural. Muitas são as razões pelas quais pessoas do mundo inteiro usam a tatuagem nos tempos atuais. Nesse contexto, o presente trabalho de pesquisa teve por objetivo investigar a possível presença de pigmentos nos cortes histológicos de cadáveres tatuados. Como na formação da tatuagem normalmente são utilizadas substâncias que coram a pele, a investigação estendeu-se também ao tecido ganglionar mais próximo à região cutânea, impregnada pela tintura empregada. Como é sabido, são os linfonodos que drenam determinada região agredida e é aí que são retidos os agentes agressivos que, de alguma forma, romperam a proteção epitelial. Para a investigação desse fato biológico, no presente trabalho foi utilizado material coletado de 20 cadáveres portadores de tatuagens, gentilmente cedido pelo Instituto Médico Legal de Vitória, do Estado do Espírito Santo e pelo Instituto Médico Legal de Cuiabá, Estado do Mato Grosso. Este material consistiu em 20 amostras de peles, colhidas na própria região tatuada e 20 amostras consistentes de gânglios linfáticos colhidos desses mesmos cadáveres, nas regiões mais próximas à localização da imagem tatuada. Todo material coletado foi devidamente processado no laboratório de Morfologia da Faculdade de Odontologia de Piracicaba - UNICAMP, e analisado tanto no seu aspecto qualitativo quanto no seu aspecto quantitativo, o que permitiu evidenciar as conclusões pretendidas. Atingido o seu termo, este trabalho de pesquisa científica permitiu concluir, através da metodologia empregada, que em determinados casos, a tatuagem pode ser uma determinante na identificação humanaAbstract: The practice of tattooing is as old as mankind. Its history always paralleled human evolution. Cavemen already used it as synonym of courage, for group identification of and as a means of asking the supernatural for protection. There are many reasons why people around the world use tattoos in current times. In this context, the objective of the present research was the investigation of the possible presence of pigments in the histological sections of tattooed corpses. Since tattooing involves the use of substances that color the skin, the investigation extended to the ganglion tissue next to the skin, impregnated by the dye maid. It is known that the linfonodos drain attacked areas and that in the same place the aggressive agents that in some way broke the skin protection are retained. For the investigation of this biological fact, the research collected material of 20 tattooed corpses, kindly given by the Legal Medical Institute of Vitória, of Espírito Santo and by the Legal Medical Institute of Cuiabá, State of Mato Grosso. The material consisted of 20 samples of skins, collected in the tattooed areas, and 20 samples consisting of lymphatic ganglion of the same corpses, in areas closest areas to the location of the tattooed images. All materials were properly processed in the Laboratory of Morphology of the School of Dentistry of Piracicaba - UNICAMP, and analyzed in its qualitative as well as quantitative aspect. These procedures allowed for evidences to support the intended conclusions. As a major finding, this research work concluded that in certain cases tatoos may determinants of human identificationMestradoOdontologia Legal e DeontologiaMestre em Ciencias