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Germinação de Ternstroemia brasiliensis Cambess. (Pentaphylacaceae) de floresta de restinga
Germination of Ternstroemia brasiliensis Cambess. (Pentaphylacaceae) from a restinga forest
Registro en:
Acta Botanica Brasilica. Sociedade Botânica do Brasil, v. 23, n. 1, p. 57-66, 2009.
0102-3306
S0102-33062009000100007
10.1590/S0102-33062009000100007
Autor
Pires, Luciana Andréa
Cardoso, Victor José Mendes
Joly, Carlos Alfredo
Rodrigues, Ricardo Ribeiro
Institución
Resumen
The main purpose of this work was to study the germination of Ternstroemia brasiliensis seeds both in laboratory and field conditions in order to contribute to understanding the regeneration ecology of the species. The seeds were dispersed with relatively high moisture content and exhibit a recalcitrant storage behaviour because of their sensitivity to dehydration and to dry storage. The germinability is relatively high and is not affected either by light or aril presence. The absence of the dormancy and the low sensitivity to far red light can enable to seeds to promptly germinate under Restinga forest canopy, not forming a soil seed bank. The constant temperatures of 25 ºC and 30 ºC were considered optimum for germination of T. brasiliensis seeds. Temperature germination parameters can be affected by light conditions. The thermal-time model can be a suitable tool for investigating the temperature dependence on the seed germination of T. brasiliensis. The germination characteristics de T. brasiliensis are typical of non pioneer species, and help to explain the distribution of the species. Germination of T. brasiliensis seeds in Restinga environment may be not limited by light and temperature; otherwise the soil moisture content can affect the seed germination. A partir de ensaios de germinação no campo e no laboratório, este trabalho visa contribuir para o conhecimento da ecologia da regeneração de Ternstroemia brasiliensis Cambess. em Floresta de Restinga. As sementes são dispersas com teores de água relativamente altos e apresentam baixa tolerância ao armazenamento, podendo ser consideradas recalcitrantes. A germinabilidade é elevada, indiferente à luz e não é afetada pela presença do arilo. A ausência de dormência e a pequena resposta ao vermelho extremo devem permitir pronta germinação no sub-bosque, não constituindo banco de sementes no solo da Restinga. As temperaturas de 25 ºC e 30 ºC podem ser consideradas ótimas para a germinação de T. brasiliensis. A luz pode afetar parâmetros da resposta das sementes à temperatura. A aplicação do modelo de graus-dia parece ser um instrumento válido para se estudar a dependência da temperatura da germinação dessa espécie. As características germinativas de T. brasiliensis são semelhantes às de espécies não-pioneiras e ajudam a explicar a distribuição da espécie. Luz e temperatura não devem ser limitantes para sua germinação no ambiente natural da Restinga, a qual pode ser influenciada principalmente pelo nível de água no solo. 57 66 Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)