Artículos de revistas
Books At Sea: Circulation Of Fine Letters Books Between Lisbon And Rio De Janeiro With The Portuguese Court In Brazil [livros Ao Mar - Circulação De Obras De Belas Letras Entre Lisboa E Rio De Janeiro Ao Tempo Da Transferência Da Corte Para O Brasil]
Registro en:
Tempo. , v. 12, n. 24, p. 74 - 97, 2008.
14137704
2-s2.0-53249119317
Autor
Abreu M.A.
Institución
Resumen
This article analyses the impact caused by the transfer of Portuguese court to Rio de Janeiro on the circulation of Fine Letters books. From 1808 onwards, the book trade flourished. Brazil started to receive books from several other countries besides Portugal. Moreover it was made possible to print books in Portuguese America, which caused and inversion of the flow of books, for some of them were sent to be sold in Portugal. 12 24 74 97 João Guilherme Christiano Müller. Carta a Domingos de Sousa Goutinho tratando da arrumação dos livros do senhor Araújo e sobre o funcionamento da Impressão Regia sob ordens dos franceses. [S.1.], 10/01/1808, 4pOriginal manuscrito. Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, I-29,20,1, n, 88. Coleção Linhares. Natranscriçãp dos documentos foram mantidas a ortografia e a pontuação originaisCartas, Sua Alteza Real. FBN - ms. 10,3,29. Apud Lilia Mortiz Schwarcz (com Paulo César de Azevedo e Ângela Mar ques da Costa) (2002) A longa viagem da biblioteca dos reis - do terremoto de Lisboa à Independência do Brasil, p. 206. , a, São Paulo, Companhia das Letras Lima, O., (1908) D. João VI no Brasil, p. 46. , Rio de Janeiro, Topbooks, 1. ed Representação feita pelo D.Rodrigo de Sousa Coutinho, oferecida ao príncipe de Portugal, em 16 de outubro de 1807. IHGB, pasta 214, doc. 8Lilia, A., Schwarcz, M., (2002) A longa viagem da biblioteca dos reis - do terremoto de Lisboa à Independência do Brasil, p. 203. , com Paulo César de Azevedo e Ângela Marques da Costa, São Paulo, Companhia das Letras A longa viagem da biblioteca dos reis, p. 207 Müller concluiu sua carta a Coutinho fazendo referência aos amigos comuns: Espero, que os amigos de Londres naõ se tenhaõ esquecido totalmente de mim, eu me lembro muitas, e muitas vezes com saudosos desejos de ainda ve-los antes de morrer dos S . Daniel Artur, Ambrosio, e de todos, que me favorizarão com a sua compagnia, e serviços beneficos em quanto estive em LondresGuilherme, J., Mũller, C., Carta a Domingos de Sousa Coutinho A longa viagem da biblioteca dos reis Sua biografia foi apresentada por Francisco Manuel Trigoso de Aragão Morato, seu colega na Academia de Ciências de Lisboa, na Assembléia Pública de 24 de junho de 1815Para compor seu texto, Morato fez várias pesquisas bibliográficas sobre Müller e sua família, consultou documentos oficiais, e uma minuta original de d'huma carta que elle [Müller] escrevia pelos annos de 1803, a pessoa que o consultava sobre sua Patria, Pais, e Estudos, além, é claro, de valer-se de seu contato pessoal com Müller, Morato, Francisco Manuel Trigoso de Aragão, Elogio histórico de João Guilherme Christiano Muller, in tomo IV, parte II, das Memórias da Academia Real das Ciências de Lisboa, lic. Paul Wilhelm Gennrich, João Pedro Ferro arrola os bons relacionamentos de Müller com homens ricos, influentes e cultos residentes em Lisboa, João Pedro Ferro. Intelectuais alemães em Portugal: Johann Wilhelm Christian Müller 1752-1814, in Portugal, Alemanha, África. Lisboa, Colibri, 1996, p. 315 e segsSobre a vida de João Guilherme Christiano Müller em Portugal, ver também: Eduardo Moreira, Vidas convergentes, Lisboa, Junta Presbiteriana de Cooperação em Portugal, 1959, e João Pedro Ferro, Influências germânicas em Portugal na segunda metade do século XVIII, Separata das Atas do Congresso Internacional Portugal no s-aceculo XVIII de D. João V à Revolução Francesa, Sociedade Portuguesa de Estudos do Século XVIII, Universitária Editora, Lisboa, 1991Sobre o ingresso de um protestante na Academia, João Pedro Ferro comentou: A entrada do pastor protestante alemão para a Academia das Ciências foi um caso extraordinário mas não único. Reflectia, por um lado, o avanço e a tolerância cultural daquela agremiação e, por outro, os reflexos das idéias de alguns dos seus dirigentes, 'estrangeirados', habituados a contactar com sábios de todas as religiões, João Pedro Ferro, Intelectuais alemães, op. cit., p. 317João Guilherme Christiano Müller foi nomeado Deputado Ordinário da Real Mesa da Comissão Geral sobre o Exame e Censura dos Livros, em 16 de maio de 1792, Arquivos Nacionais da Torre do Tombo doravante chamado ANTT, Ministério do Reino, liv. 364, fl. 83v-84, A carta do deputado data de 2 de junho de 1792, ANTT, Chancelaria de D. Maria I, liv. 41, fl. 94vSobre a atuação de João Guilherme Christiano Müller como censor, ver Effluvios pestiferos da perversidade do Século, leituras de Werther no mundo luso-brasileiro, Revista de Letras, Universidade Estadual Paulista, 46, n. 2 (jul-dez 2006), p. 78-95Em Portugal, a censura aos impressos teve início no século XVI, em momento muito próximo ao da produção do primeiro livro, que parece ter sido publicado em Chaves, em 1489. A atividade censória repartia-se entre o Ordinário (juízes eclesiásticos ligados às dioceses, em atuação desde 1517)o Tribunal do Santo Ofício (organismo ligado à Igreja, em funcionamento desde 1536)e o Desembargo do Paço (órgão censor ligado an poder régio, atuante a partir de 1576)Esse sistema tríplice esteve em atuação até 1768, quando D. José I julgou ser necessário centralizar a censura em um só organismo, criando, assim, a Real Mesa Censória, a qual foi substituída, em 1787, pela Real Mesa da Comissão Geral para o Exame e a Censura dos Livros, por ordem de D. Maria I. Em 17 de dezembro de 1794, extinguiu-se a Real Mesa da Comissão Geral sobre o Exame e Censura dos Livros e retornou-se à censura tríplice, a cargo do Santo Ofício, autoridade episcopal e Desembargo do Paço. A atuação do Ordinário e do Santo Ofício permaneceu até 1° de outubro 1820, quando foi suspensaPor Portaria de 21 de setembro de 1820, todas as atribuições que pertenciam ao Desembargo do Paço foram transferidas para a Comissão de Censura. Em 31 de março de 1821, as Cortes Gerais Extraordinárias da Nação decretaram a extinção do Santo Oficio. No mesmo ano, a Carta de Lei de 16 de julho aboliu a censura, que, entretanto, foi reinstituída ern 1824, por Decreto de 6 de março, que restabeleceu a censura a cargo do Desembargo e do Ordinário, situação que perdurou até 1832, quando foi abolida a censura preventiva. Ver: Márcia Abreu, Os caminhos dos livros, Campinas, Mercado de Letras/ALB/Fapesp, 2003;José Timóteo da Silva Bastos, História da censura intelectual em Portugal: ensaia sobre a compreensão do pensamento português, Lisboa, Moraes Editores 1983, 2. ed., p. 70.;Almeida Rodrigues, G., (1980) Breve história da censura em Portugal, , Lisboa, Instituto de Cultura e Língua Portuguesa Carlos Villalta, L., (1999) Reformisimo ilustrado, censura e práticas de leitura usos do livro na América portuguesa, , São Paulo, FFLCH-USP, Tese de Doutorado Catálogos - Exame dos livros para circularção no Reino ANTT, Real Mesa Censória doravante chamada RMC, caixa 146Para um detalhamento dos procedimentos de censura relativos à circulação de livros, ver: Márcia Abreu, Os caminhos dos livros, Campinas, Mercado de Letras/ALB/Fapesp, 2003Exposição analítica e justificativa de conduta, e vida pública do visconde do rio Seco, desde o dia 25 de novembro de 1807, em que sua majestade fidelíssima o incumbiu dos arranjamentos necessários de sua retirada para o Rio de Janeiro, até o dia 15 de setembro de 1821, em cujo ano demitira todos os lugares e empregos de responsabilidade de fazenda com permissõ de sua alteza real o regente do Brasil, concedida por decreto de 27 de agosto do presente ano, publicada por ele mesmo, Rio de Janeiro, Imprensa Nacional, 1821, FBN/ SOR, 37,17, 1, p. 5Schwarcz, A., , p. 210Guilherme, J., Muller, C., Carta a Domingos de Sousa Coutinho João Manuel Pereira da Silva, História da fundação do império do brasileiro, Rio de Janeiro, Garnier, 1864, p. 121Biblioteca do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Unicamp, 981.033, Si 38h, v. 1Para um estudo sobre a biblioteca do conde da Barca, ver Maria Beatriz Nizza da Silva, Cultura esociedade no Rio de Janeiro (1808-1821), São Paulo, Cia. Editora Nacional, 1978Domingos, Manuela D., Biblioteca Nacional de Portugal, Lisboa, Associação Nacional de Bibliotecas Nacionais Ibero-Americanas, 1994 (manuscrito). Apud Lilia Moritz Schwarcz, D. João VI e os livros no Brasil: o caso da real biblioteca, in http://www.realgabinete.com.br/coloquio/ 3_coloquio_outubro/paginas/14.htm#_ftnref17Moritz Schwarcz, L., D. João VI e os livros no Brasil: O caso da real biblioteca, , http://www.realgabinete.com.br/coloquio/3_coloquio_outubro/paginas/14.htm#_ftnref17 Guilherme, J., Muller, C., Carta a Domingos de Sousa Coutinho D. João VI e os livros no Brasil: O caso da real biblioteca Em minha pesquisa, restringi a observação apenas ás obras de Belas Letras. No início do século XIX, em geral, utilizava-se a seguinte classificação para ordenação de bibliotecas: Belas Letras, Teologia, Ciências e Artes, História e Jurisprudência (com subdivisões internas). Cf. Maria Beatriz Nizza da Silva, Livro e sociedade no Rio de Janeiro (1808-1821), in Revista de História, n. 94, 1973O maior número de pedidos de licença pede autorização para envio de obras da classe de Teologia, seguido por aqueles que solicitam licença para remessa de livros profissionais. Em terceiro lugar, vêm as obras de Belas Letras, categoria na qual se incluíam poesias, romances, peças teatrais, obras de eloqüência, tratados de retóricde poética, estudos gramaticais etc. Márcia Abreu, Os caminhos dos livros, Campinas, Mercado de Letras/ALB/ Fapesp, 2003Na quase totalidade dos casos, os censores manifestavam-se favoravelmente ao envio dos livros, limitando-se a despachos tão sucintos como concedem licença, seguidos da data (dia, mês e ano). Os apreciadores do pleonasmo produziam pareceres do tipo: Concedem licença para os que não forem prohibidos ou Concedem licença excepto aos que forem prohibidos. Os títulos proibidos eram de conhecimentot público, e dificilmente seria enviado à censura um pedido de autorização para remessa de um livro sobre o qual pesasse interdiçãoLúcia Maria Bastos Pereira das Neves & Humberto Fernandes Machado, O Império do Brasil, Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1999, p. 30-31Para este cálculo foi elaborado um ranking das obras mais pedidas e consideradas as 10 primeiras colocaçõs. Entre 1769 e 1807, além dos títulos citados, integram a lista dos preferidos os seguintes livros: Noites, de Edward Young;Seleta Latina, , de Pierre Chompré; Meditaçoens do Doutor James Hervey sobre as sepulturas, e sobre vários objectos, , de James Hervey; Paraiso Perdido, , de John Milton; Rimas, , de Manuel Maria Barbosa du Bocage; Fábulas, de Esopo;Obras, , de Luís de Camões; e Rimas, de João Xavier de Mattos. Boa parte das obras ficcionais remetidas ao Rio de Janeiro está disponível em versão fac-similar na Biblioteca Virtual do site, , www.caminhosdaromance.iel.unicamp.br Além das obras ficcionais, compõem a lista dos 10 títulos mais remetidos ao Rio de Janeiro as seguintes obras: Seleta Latina, de Chompré;Obras, , de Bocage Horacio ad usum; Marilia de Dirceu, , de Gonzaga Pedidos submetidos pelo livreiro João Francisco Rolland, em 1820, ANTT, RMC, caixa 156O livro Vida e aventuras admiráveis de Robinson Crusoé, que contêm a sua tornada à sua ilha, as suas novas viagens e as suas reflexões foi publicado em Lisboa em 1785. Grifo meuAté 1807, As mile uma noites tinham sido enviadas ao Rio de Janeiro apenas 6 vezes. Curiosamente, um dos livros compostos à imitação daquele, Les Mille et un quart-d'heure. Contes Tartares (publicado em Paris em 1715 e traduzido para o português com o título Divertimento de um quarto de hora pelo P. João Silvério de Lima em 1782), despertou maior interesse, tendo sido remetido 9 vezesMarilia de Dirceu é bastante complexa nesses primeiros anos, incluindo edições apócrifas e divulgação de poemas de autoria incerta. Veja-se a respeito o prefácio preparado por M (1937) Rodrigues Lapa para a edição Marilia de Dirceu e mais poesias, Tomás Antônio Gonzaga, Lisboa, Livraria Sá, , A história editorial de, da Costa Fizeram remessa Viuva Bertram e Filhos e Francisco Rolland (em 1800);Paulo Martins e, novamente, Francisco Rolland e Viuva Bertram e Filhos (1802);Simão Taddeo Pereira (2 vezes em 1803);Martins, P., Filhos, (1807) ANTT, RMC, caixas 153 e, 154 Mantém-se a predominância de negociantes no envio de exemplares para a colônia: 25 pedidos foram assinados por pessoas ligadas ao comércio, dentre as quais se destaca João Gomes de Oliveira, responsável por 9 pedidos, seguido por Francisco Rolland, autor de 6 solicitaçõesMarilia de Dirceo, por T.A.G., nova edição, Rio de Janeiro, na Impressão Regia, com licença de S.A.R., 1810, 3 partesApesar de algumas tentativas frustradas, como a que empreendeu Antonio Isidoro da Fonseca ao tentar instalar uma casa tipográfica, no Rio de Janeiro, em 1747, a possibilidade de imprimir permaneceu vetada pela Coroa portuguesa até 1808. O Brasil foi o 12° local da América Latina a ter uma tipografia oficialmente instalada. Sobre a Impressão Régia do Rio de Janeiro, ver: Márcia Abreu, Criação da Impressão Régia, in Circe Bittencourt (org.), Dicionário de datas da história do Brasil, São Paulo, Contexto, 2007, p. 131-134Ver também Simone Cristina Mendonça de Souza, Primeiras impressões. romances publicados pela Impressão Régia do Rio de Janeiro (1808-1822). Tese de Doutorado disponível em www.caminhosdor0mance.iel.unicamp.btDecreto de 13 de maio de 1808, Código Brasilienise, ou Colecção das Leis, etc., promulgadas no Brasil, tomo I, Rio de Janeiro, 1811catálogo, O., reproduzido em, Maria Beatriz Nizza da Silva (1981) Cultura no Brasil Colônia, , Petrópolis, Vozes, grifo meu Em O bibliófilo aprendiz, de 1975, Rubens Borba de Moraes afirmava: muito romance impresso na Imprensa Régia era editado por Paul Martin. Esse Paul Martin, filho, era francês e foi, se não me engano, o primeiro editor que houve no Brasil. Mandava imprimir romances, novelas, folhetos politicos, poemas, orações fúnebres, que vendia na sua livraria da Rua da Quitanda no 34 (Rubens Borba de Moraes, O bibliófilo aprendiz, São Paulo, Companhia Editora Nacional, 1975, 2. ed, p. 173, Em 1993, Rubens Borba de Moraes reafirma, em tom menos dubitativo: a publicação de romances [na Impressao Régia] deve-se à iniciativa de Paulo Martin filho, nosso primeiro editor Rubens Borba de Moraes, A Impressão Régia do Rio de Janeiro: origens e produção, in Ana Maria de Almeida Camargo e Rubens Borba de Moraes, Bibliografia da Impressõ ReAo menos esta è a data do primeiro Catálogo de sua livraria remetido à censura portuguesa. Catálogo dos Livreiros e Editores, RMC, ANTT, caixa 10RMC, ANTT, caixa 53, 1804, nov., 24 (grifo meu). Ver: Márcia Abreu, Impressão Régia do Rio de Janeiro: novas perspectivas, in Convergência Lusíada, n. 21, Real Gabinete Português de Leitura, Centro de Estudos Pólo de Pesquisa sobre Relações Luso-brasileiras, 2005, p. 199-222Sobre os catálogos de livros, ver: Manuela D. Domingos, Os catálogos de livreiros como fontes da história da livro: o caso dos Reycend, Revista da Biblioteca Nacional, s. 2, 4, Lisboa, 1989, p. 83-102Junta do Comércio, livro 132, Registro de Consultas 1799-1801, fls. 32v-33-33v-34 (ANTT). Este documento é também analisado por Lúcia Maria Bastos P. Neves, Comércio de livros e censura de idéias: a actividade dos livreiros franceses no Brasil e a vigilância da Mesa do Desembargo do Paço (1795-1822), Ler História, n. 23, Lisboa, 1992, p. 61-78, e por Fernando Guedes, O livro e a leitura em Portugal. Subsídios para sua história (século XVIII-XIX), Lisboa, Verbo, 1987Márcia Abreu, V., O caminho dos livros O manuscrito obteve autorização de impressão em 17 de outubro de 1812 e autorização para circular em 27 de outubro de 1812. RMC, ANTT, caixa 72 (1812-X-27). Grifo meuO Catálogo está transcrito na íntegra em Márcia Abreu, Impressão Régia do Rio de Janeiro: novas perspectivas, in Convergência Lusíada, n. 21, Real Gabinete Português de Leitura, Centro de Estudos Pólo de Pesquisa sobre Relações Luso-brasileiras, 2005, p. 199-222O conjunto de obras de Belas Letras anunciado no Catálogo é reduzido, contando com apenas 10 títulos - poemas, tragédias, um elogio e um sermão. Curiosamente, não se faz referência a um único romance - gênero ao qual, segundo a historiografia brasileira, se ligaria a atividade de Paulo Martin como editorElogio do Illmo· e Exmo Senhor Sebastiaõ Jozé de Carvalho e Mello, Marquez de Pombal. 1811 em. 4°. [A edição da Oração funebre (no 1520) feita no Brazil, saiu com o titulo seguinte: Elogio do ill.mo e ex.mo sr. Sebastião José Carvalho e Mello, marquez de Pombal conde de Oeiras, etc. Rio de Janeiro, sem designação de typ., 1811. 4.° gr de 14 pag.-(...) mais tarde publicada n'O Investigador Portuguez em Inglaterra jul. 1817, p. 3-15]Entre aspas estão as indicações feitas no Catálogo de Paulo Martin. Entre colchetes, informações fornecidas por Silva, Innocencio Francisco da. Diccionario Bibliographico Portuguez. Ophir, Biblioteca Virtual dos Descobrimentos Portugueses, 9, 2001(1811) O Uraguay, Poema de Jozé Basilio de Gama. 1811 em. 8, , ° Publicado em 1769 em edição pouco superior a mil exemplares, é bastante provável que já não houvesse exemplares disponíveis, ou que estivessem se tornando raros, em O Catálogo refere 4 traduções e uma obra de Bocage sucessivamente editadas em Portugal: Ericia, ou a Vestal, Tragedia, traduzida do Francez por Bocage 1811 em 8°. O Consorcio das Flores, traducçaõde Lacroix, por Bocage. 1811 em 8°: Eufemia, ou o Triunfo da Religiao. Drama de D'Arnaud, traduzido por Bocage. 1811 em 8°. Os Jardins, ou a Arte de aformosear as paisagens. Poema de Delille, traduzido por Bocage. 1812 em 8°. Improvisos de Bocage na sua mui perigosa enfermidade, dedicados aos seos bons amigos. 1810 em 8°Documento datado de 12 de janeiro de 1809. Arquivo Nacional do Rio de Janeiro (doravante chamado ANRJ) - Mesa do Desembargo do Paço (doravante denominado MDP)Além de Luziadas e Rithmas de Camões e Carolina de Lichtfield, na segunda viagem, José Barreto Júnior trouxe consigo Almeida Felix independente Historia de Estevanillo Fables amusantes Historia Americana Carta Universal Gerusalemme Liberata Di Torquato, Tasso Epitome poético Livros escritos em letra perciana. ANRJ, MDP, Licenças, caixa 819 (antigas 169)Além das obras ficcionais, compõem a lista dos 10 títulos mais remetidos ao Rio de Janeiro as seguintes obras: Fables de La Fontaine, de La Fontaine Voyage de La Pérouse au tour du Monde, de Milet Mureau Jerusalem liberata, de Tasso Oeuvres, de Racine Oeuvres, de Molière Oeuvres, de Corneille Oeuvres, de Boileau Oeuvres, de Lesage Oeuvres, de Prévost Le poeme sur la Religion, de Racine Obras, de Virgílio Oeuvres, de Gresset La Henriade, de VoltaireANRJ, MDP, caixas 818, 819, 820 (antigas 168, 169, 170)Entre 1769 e 1807, dos 205 pedidos submetidos à censura portuguesa, 116 foram assinados por livreiros ou negociantes. Entre 1808 e 1826, dos 357 pedidos apresentados em Lisboa, 226 foram de responsabilidade de gente ligada ao comércio. No Rio de Janeiro, entre 1808 e 1821, das 84 solicitaçõaes, apenas 30 foram encaminhadas por comerciantesDaniel Pedro Müller, in Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, Lisboa e Rio de Janeiro, Editorial Enciclopédia, XVIII, sem data, p. 115-116Neves, Lúcia Maria Bastos P. Luzes nas bibliotecas de Francisco Agostinho Gomes e Daniel Pedro Muller, dois intelectuais luso-brasileiros, Congresso Internacional O Espaço Atlântico de Antigo Regime: poderes e sociedades, mimeoDaniel Pedro Müller, in Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, Lisboa e Rio de Janeiro, Editorial Enciclopédia, XVIII, sem data, p. 115Segundo Lúcia M. B. P. das Neves, Daniel Pedro Müller destacou-se por organizar o Instituto Topográfico-de São Paulo, iniciado em 1806, por ordem do governador Franca e Horta, com uma aula para a formação de engenheiros, nomeando-o para lente da mesma. Nessa visão, foi o autor do primeiro mapa gravado da Capitania de São Paulo. Neves, L. M. B. P., Luzes nas bibliotecas..., op. citSegundo Inocêncio Francisco da Silva, O bisneto do academico Muller, sr. Frederico E. Payant, actual chefe da estação do cabo submarino, em Lisboa (junto da estação central dos telegraphos do reino), e que tem dedicado ocios ao cultivo das letras, sendo um dos collaboradores da Revista contemporanea de Portugal e Brazil, ainda possue de seu illustre bisavô livros e mss. ineditos. Innoccncio Francisco da Silva, Diccionario Bibliographico Portuguez, Lisboa, Imprensa Nacional, 1858, tomo III, p. 270ANTT, RMC, caixa 28, 1796, ago., 19Desembargo do Paço, Licenças, caixa 819 (antigas 169), pacote 1, doc, 17. , ANRJ Sobre os livros recebidos por Daniel Pedro Müller, ver Neves, Lúcia Maria Bastos P. A biblioteca de Daniel Pedro Muller e as luzes luso-brasileiras, XXIV Reunião da Sociedade Brasileira de Pesquisa Histórica, Curitiba, 26 a 30 de julho de 2004, mimeo. Lúcia Maria Bastos P. Neves, Luzes nas bibliotecas, de Francisco Agostinho Gomes e Daniel Pedro Müller, dois intelectuais luso-brasileiros, Congresso Internacional O Espaço Atlântico de Antigo Regime poderes e sociedades, mimeoDesembargo do Paço, Licenças, caixa 819 (antigas 169), pacote 1, doc, 17, p. 6. , ANRJ Ver, por exemplo, o estudo de Luiz Carlos Villalta acerca das concessões de licença para leitura de livros proibidos. Villalta, Reformismo ilustrado..., op. citDesembargo do Paço, Licenças, caixa 169, pacote 1, doc, 17, p. 8. , ANRJ Ver, a respeito, Abreu, Os caminhos.... op. citA documentação encontra-se danificada justamente no local em que està indicado o título da obra a ser remetida para exame. Muito provavelmente trata-se de De l'Esprit, pois foi o livro que despertou maior dúvida sobre José da Silva Lisboa