Artículos de revistas
O que a seleção de doadores de gametas pode nos dizer sobre noções de raça
What can gamete donor selection tell us about notions of race
Registro en:
Physis: Revista de Saúde Coletiva. IMS-UERJ, v. 14, n. 2, p. 235-255, 2004.
0103-7331
S0103-73312004000200004
10.1590/S0103-73312004000200004
Autor
Costa, Rosely Gomes
Institución
Resumen
This article, resulting from research currently under way, analyzes how gamete donor selection is conducted for in vitro fertilization and its relationship to notions on race. Who makes this choice? Which characteristics are taken into account, and how (and to what extent) do these characteristics point to notions pertaining to race? The research focuses on physicians and individuals requesting gamete donation techniques in private clinics and a public hospital in the interior of São Paulo State and at semen banks in the city of São Paulo. The article discusses: the importance of phenotypical similarities between donors and recipients, as emphasized by both physicians and patients; physicians' intervention in (and control over) donor selection; racial classifications used by medical institutions in this selection; and gamete recipients' requests for donors that are similar to or lighter-skinned than themselves, whether to keep the gamete donation secret or with the purpose of avoiding future racial discrimination against the child. O artigo, fruto de uma pesquisa em andamento, analisa como é feita a seleção de doadores de gametas para a realização de fertilização in vitro e sua relação com noções sobre raça. Quem realiza essa escolha? Quais características são levadas em conta e, como, e em que medida, essas características apontam para noções referentes à raça? A pesquisa vem sendo feita com médicos e com pessoas que buscam a técnica de doação de gametas em clínicas privadas e um hospital público do interior de São Paulo e com bancos de sêmen da cidade de São Paulo. Busca-se discutir: a importância das semelhanças fenotípicas entre doadores e receptores assinalada tanto por médicos como por pacientes; a intervenção e o controle dos médicos na seleção de doadores; as classificações raciais utilizadas pelas instituições médicas nessa seleção; o desejo, por parte das receptoras, de doadoras semelhantes ou mais claras que elas, seja para manter o segredo da doação, seja para que a criança não seja discriminada no futuro. 235 255