Artículos de revistas
Ciência nômade: o IHGB e as viagens científicas no Brasil imperial
Nomadic science: the IHGB and scientific voyages in imperial Brazil
Registro en:
História, Ciências, Saúde-Manguinhos. Casa de Oswaldo Cruz, Fundação Oswaldo Cruz, v. 13, n. 2, p. 271-292, 2006.
0104-5970
S0104-59702006000200005
10.1590/S0104-59702006000200005
Autor
Ferreira, Lúcio Menezes
Institución
Resumen
Approaching from a neo-colonial perspective, this analysis examines the scientific voyages of the Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB) as part of a broader process by which science spread around the world and historical and geographic representations were constructed in imperial Brazil. It first shows how nationalism and imperialism in Europe underpinned the epistemology of natural history and scientific voyages. It next goes on to show how colonialist projects relate to the IHGB's natural history, archeological, and ethnographic texts. Lastly, since the intent of every historical discourse is to critique the present, the article engages in a dialogue with the colonialist idea of Brazil fashioned during the imperial age; it emphasizes how this idea is not a dead file but remains with us still, internalizing our social identities. Este artigo analisa as viagens científicas do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB) numa perspectiva pós-colonial, examinando-as como parte de um processo mais amplo de mundialização da ciência e de construção de representações históricas e geográficas no Brasil imperial. Inicialmente, mostra-se como, na Europa, o nacionalismo e o imperialismo respaldaram a epistemologia da história natural e das viagens científicas. Em seguida, evidencia-se como projetos colonialistas se articulam aos textos de história natural, arqueologia e etnografia do IHGB. Por fim, como todo discurso histórico tem em mira a crítica do presente, dialoga-se com a idéia colonialista de Brasil que se formulou durante o período imperial, enfatizando-se como ela, com efeito, não é um arquivo morto, mas permanece entre nós, internalizando nossas identidades sociais. 271 292 Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)