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Vilosite de etiologia desconhecida em placentas de gestações com hipertensão arterial e de gestações com recém-nascidos pequenos para a idade gestacional
Villitis of unknown etiology in placentas of pregnancies with hypertensive disorders and of small-for-gestational-age infants
Registro en:
Revista da Associação Médica Brasileira. Associação Médica Brasileira, v. 49, n. 1, p. 67-71, 2003.
0104-4230
S0104-42302003000100036
10.1590/S0104-42302003000100036
Autor
Altemani, Albina Milani
Gonzatti, Adriana Rocha
Institución
Resumen
BACKGROUND: The objectives of this study are to analyze the frequency and the histopathological features of the villitis of unknown etiology (VUE) in placentas of pregnancies with hypertensive disorders and of small-for-gestational-age infants (SGA). METHODS: Two hundred and thirteen placentas from pregnancies without clinical or laboratorial evidence of infection were studied. These cases were subdivided according to: a) maternal condition in: non-complicated pregnancy (NCP)- 151 cases, pregnancy-induced hypertension (PIH)- 37 and sustained chronic hypertension (SCH)- 25 and b) newborn weight in: small for gestational age (SGA)- 38 cases and adequate for gestational age (AGA)- 175. Of these placentas, 81 belong to the random sample, which was used to determine the frequency of VUE in the population studied. Eight blocks were taken from placental parenchyma and the histological sections were stained with hematoxylin and eosin. Frequency tables of categorical data were analyzed using the chi- square test and Fisher test; statistical significance was considered for p< 0.05. RESULTS: The frequency of VUE in the placentas was 30.8% in the random sample, 39% in NCP, 29.7% in PIH, 32% in SCH, 34.2% in SGA infants and 37.1% in AGA infants. Placentas of pregnancies with hypertensive disorders were more affected by villitis with parenchymatous component (PIH - 27.0%, SCH - 28.0%). This lesion was also the predominant villitis in the placentas of the SGA infants (31.5%). In contrast, in placentas of NCP and AGA infants, the principal kind of villitis was basal, not associated to a parenchymatous component (16.5% and 14.8% respectively). In the majority of the cases the villitis was mild. CONCLUSION: In the population studied, the frequency of VUE is high (around 30%). The lesion occurs in a similar frequency in placentas from NCP, PIH, SCH, SGA and AGA infants, but basal villitis not associated to a parenchymatous component affects mainly the placentas of NCP and AGA infants. It is possible that this kind of villitis could be an expression of an antigenic stimulation diverse from villitis with a parenchymatous component. OBJETIVOS: Analisar a freqüência da vilosite de etiologia desconhecida (VED) e suas características histológicas em placentas de gestações com hipertensão arterial materna e de gestações com recém-nascidos (RN) pequenos para a idade gestacional. MÉTODOS: Foram estudadas 213 placentas de mães e RN sem evidências clínicas ou sorológicas de infecção. Estas placentas foram subdivididas conforme a condição materna em: normotensas - 151 casos, doença hipertensiva específica da gravidez (DHEG) - 37 e hipertensão crônica - 25 e, de acordo com o peso do RN, em: pequenos (PIG)- 38 casos e adequados para a idade gestacional (AIG) - 175. Destas placentas, 81 pertenciam a uma amostra aleatória, que foi utilizada para determinar a freqüência de VED na população estudada. Foram retirados oito fragmentos do parênquima placentário e as secções histológicas foram coradas por HE. Para análise estatística foram utilizados os testes de qui-quadrado e exato de Fisher, sendo p < 0.05 considerado significante. RESULTADOS: A freqüência de VED nas placentas foi de 30,8% na amostra aleatória, 39% nas normotensas, 29,7% nas gestações com DHEG, 32% nas hipertensas crônicas, 34,2% nos RN PIG e 37,1% nos RN AIG. Nas placentas de gestações com hipertensão arterial predominou a vilosite com componente parenquimatoso (DHEG - 27%, hipertensão crônica - 28%). Este tipo de vilosite também foi a mais comum nas placentas dos RN PIG (31,5%). Em contraste, a vilosite basal sem o componente parenquimatoso predominou nas placentas de normotensas (16,5%) e de RN AIG (14,8%). A maioria das vilosites era de intensidade leve. CONCLUSÕES: Na população estudada, a freqüência de VED é alta, em torno de 30%. A VED ocorre com freqüências semelhantes em placentas de normotensas, de gestações com DHEG ou hipertensão crônica e em RN PIG e AIG, porém a vilosite basal sem o componente parenquimatoso é mais comum em normotensas e RN AIG. É possível que este tipo de vilosite seja resultante de uma estimulação antigênica diferente daquela da vilosite com componente parenquimatoso. 67 71