Artículos de revistas
Invasão linfática clinicamente não detectável do câncer vulvar
Clinically undetectable lymph node invasion in vulvar cancer
Registro en:
Revista da Associação Médica Brasileira. Associação Médica Brasileira, v. 51, n. 4, p. 228-232, 2005.
0104-4230
S0104-42302005000400020
10.1590/S0104-42302005000400020
Autor
Sarian, Luís Otávio Zanatta
Marshall, Priscila Silva
Derchain, Sophie Françoise Mauricette
Torres, José Carlos Campos
Santos, Adriana de Cassia Paiva
Souza, Gustavo Antônio de
Institución
Resumen
OBJECTIVE: To assess the neoplastic invasion of superficial and deep inguinal lymph nodes of women with invasive vulvar squamous carcinoma smaller than 5 centimeters with a clinically normal inguinal region. METHODS: the medical records of 59 women cared at the State University of Campinas with invasive vulvar squamous carcinoma T1 and T2 and who presented clinically normal inguinal regions (N0) were reviewed. Clinical characteristics of both tumor and patients were evaluated as well as the follow-up data. Odds ratios and Fisher's Exact Test were used to assess the correlations between the invasion of inguinal lymph nodes and tumor size, grade, relapses and clinical complications. Confidence limits of 95% were used. RESULTS: Age of the patients ranged from 34 to 91 years (mean 67 years), and follow-up time ranged from 3 days (peri-operatory death) to 252 months (mean 27 months). Clinically, 22 (37%) women had lesions T1 lesions and 37 (63%) T2. Histological analysis showed unilateral lymphatic invasion in six (10%) women and bilateral in three (5%). There was no significant association between tumor size and lymph node invasion. Also, pathologic tumor size and grade were not associated with lymph node neoplastic involvement. Relapses and late complications were not correlated with lymph node neoplastic invasion. CONCLUSIONS: Superficial and deep inguinal dissection disclosed clinically undetectable lymph node neoplastic invasion, although tumor size and histological grade, relapses and late complications were not associated with node involvement. OBJETIVO: Avaliar em mulheres com carcinoma escamoso da vulva menor que 5 cm e clinicamente sem comprometimento inguinal a invasão por neoplasia nos linfonodos inguinais superficiais e profundos. MÉTODOS: Foram avaliados os dados de 59 mulheres atendidas entre outubro de 1982 e janeiro de 2004 na Universidade Estadual de Campinas, em decorrência de carcinoma escamoso invasivo da vulva T1 ou T2 e com linfonodos inguinais clinicamente livres de invasão neoplásica (N0). Foram levantadas características clínicas do tumor e das pacientes e os dados do seguimento. Foram calculados os odds ratio e teste exato de Fisher para as associações entre a invasão dos linfonodos inguinais com o tamanho do tumor, grau histológico, recidivas e complicações. A confiança estatística foi de 95%. RESULTADOS: A idade das mulheres variou de 34 a 91 anos (média de 67 anos), com tempo de seguimento entre três dias (óbito perioperatório) e 252 meses (média de 27 meses). Clinicamente, 22 (37%) mulheres apresentavam tumores T1 e 37 (63%) T2. Após análise histológica, seis (10%) mulheres apresentavam invasão unilateral e três (5%) bilateral, não havendo associação entre o tamanho do tumor e a invasão dos linfáticos inguinais. Também o tamanho do tumor à avaliação patológica e seu grau histológico não se mostraram associados à invasão nos linfonodos inguinais. Recidivas e complicações tardias não se correlacionaram com a invasão neoplásica inguinal. CONCLUSÕES: A dissecção inguinal superficial e profunda revelou invasão neoplásica clinicamente não detectável em 15% das mulheres estudadas, apesar de que tamanho e grau histológico do tumor, recidivas e complicações tardias não estiveram associadas com a invasão nos linfonodos. 228 232