Artículos de revistas
Variações na composição florística e na estrutura fitossociológica de uma floresta ombrófila densa alto-montana na Serra da Mantiqueira, Monte Verde, MG
Variations in floristic and phytosociological structure of an upper montane forest in Mantiqueira Range, Monte Verde, MG
Registro en:
Brazilian Journal of Botany. Sociedade Botânica de São Paulo, v. 31, n. 4, p. 559-574, 2008.
0100-8404
S0100-84042008000400003
10.1590/S0100-84042008000400003
Autor
Meireles, Leonardo Dias
Shepherd, George John
Kinoshita, Luiza Sumiko
Institución
Resumen
The upper montane forests are known to have a different floristic composition and phytosociological structure from forests located at lower altitudes. A survey was carried out in an area of upper montane forest of the Mantiqueira Range near Monte Verde, municipality of Camanducaia, Minas Gerais State, Brazil. The main objective of this study was to analyze the effect of an altitudinal gradient on the floristic composition and vegetation structure. Seven blocks, each with five of 10 × 10 m plots, were located at altitudes ranging from 1,820 m to 1,940 m, and all bamboos and trees with GHB >15 cm were sampled. A total of 1,191 individuals were included, belong to 64 tree species and two bamboos in a total of 42 genera and 26 families, including the standing dead individuals. The estimated density was 3,403 ind ha-1 and the value of the Shannon-Wiener (H') index was 3.284 nat ind-1. The dead biomass had the highest importance value (42.06), followed by Pimenta pseudocaryophyllus (Gomes) Landrum (24.59), Roupala rhombifolia Mart. ex Meisn. (19.98) and Drimys brasiliensis Miers (18.57). The structural parameters maximum canopy height and number of branched individuals were correlated with altitude. Although the altitudinal gradient is relatively short, a considerable degree of species substitution was observed, leading to a well-marked floristic gradient. As florestas alto-montanas são reconhecidas por apresentarem composição florística e estrutura fitossociológica distintas das florestas em cotas altitudinais inferiores. Realizou-se um levantamento fitossociológico em uma floresta alto-montana localizada na Serra da Mantiqueira, distrito de Monte Verde, Camanducaia, Minas Gerais. O principal objetivo foi analisar o efeito do gradiente altitudinal na composição florística e na estrutura fitossociológica da vegetação. Foram instalados sete blocos paralelos com cinco parcelas contíguas de 10 × 10 m, distantes 50 m, entre 1.840 e 1.920 m de altitude. Todos os indivíduos arbóreos com CAP > 15 cm foram amostrados, assim como as moitas de bambu que continham no mínimo 10 perfilhos. Foram amostrados 1.191 indivíduos, pertencentes a 64 espécies arbóreas e duas espécies de bambu, distribuídas entre 42 gêneros e 26 famílias, além da classe de indivíduos mortos. A densidade total equivalente foi de 3.403 ind ha-1 e o índice de diversidade de Shannon-Wiener (H') foi de 3,284 nat ind-1. A biomassa morta destacou-se pelo elevado valor de importância (42,06), seguida de Pimenta pseudocaryophyllus (Gomes) Landrum (24,59), Roupala rhombifolia Mart. ex Meisn. (19,98) e Drimys brasiliensis Miers (18,57). Entre os parâmetros estruturais analisados a altura máxima do dossel e o número de indivíduos bifurcados estiveram correlacionados com a altitude. Uma considerável substituição de espécies foi observada, evidenciando um forte gradiente florístico, mesmo sendo o gradiente altitudinal amostrado relativamente curto. 559 574 Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)