Artículos de revistas
Terapêutica neo-adjuvante aumenta as complicações pós-operatórias da esofagectomia?
Does neoadjuvant therapy increase postoperative complications of esophagectomy?
Registro en:
ABCD. Arquivos Brasileiros de Cirurgia Digestiva (São Paulo). Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva, v. 23, n. 3, p. 168-172, 2010.
0102-6720
S0102-67202010000300008
10.1590/S0102-67202010000300008
Autor
Tercioti Jr, Valdir
Lopes, Luiz Roberto
Coelho-Neto, João de Souza
Andreollo, Nelson Adami
Institución
Resumen
BACKGROUND: Esophageal cancer is the eighth most frequent type of cancer in the population in the world, and in Brazil 10.630 new cases are estimated for the year 2010. In curative treatment, esophagectomy stands out in its various treatment modalities. AIM: To assess by means of a retrospective nonrandomized the perioperative complications of patients submitted to esophagectomy for squamous cell carcinoma of the esophagus, with or without neoadjuvant therapy. METHODS: Were analyzed 123 patients operated, undergoing mostly (80%) transmediastinal esophagectomy with cervical esophagogastric anastomosis, distributed as follows: 81 (65.8%) underwent radiotherapy neo-adjuvant, 16 (13%) chemoradiotherapy neoadjuvant and 26 (21,2%) to surgery alone. RESULTS: Major complications considered were: intraoperative hemorrhage (4%), pneumothorax / hemothorax (73.1%), pneumonia (20.3%) and fistula and anastomotic stenosis (44.7%). No significant differences in complications between the groups, except for pneumothorax / hemothorax in which there was a lower incidence in the group of surgery alone. Overall mortality was 14 cases (8.8%), unrelated to the treatment used. CONCLUSION: The neoadjuvant chemoradiotherapy in order to obtain better survival rates and complete resection resulted in no increase in perioperative complications. RACIONAL: O câncer de esôfago é o oitavo tipo de câncer mais incidente na população no mundo, sendo que no Brasil são estimados 10.630 novos casos para o ano de 2010. Na terapêutica curativa, a esofagectomia destaca-se nas suas mais diversas modalidades de tratamento. OBJETIVO: Avaliar por meio de um estudo retrospectivo não-randomizado as complicações peri-operatórias dos pacientes submetidos à esofagectomia por carcinoma epidermóide do esôfago, com ou sem terapêutica neo-adjuvante. MÉTODOS: Foram analisados 123 pacientes operados, submetidos na sua maioria (80%) à esofagectomia transmediastinal com anastomose esofagogástrica cervical, assim distribuídos: 81 (65,8%) submetidos à radioterapia neo-adjuvante, 16 (13%) à radioterapia e quimioterapia neo-adjuvantes e 26 (21,2%) à cirurgia exclusiva. RESULTADOS: As principais complicações consideradas foram: hemorragia intra-operatória (4%), pneumotórax / hemotórax (73,1%), broncopneumonia (20,3%) e fístulas e estenose de anastomose (44,7%). Não houve diferenças significativas nas complicações entre os grupos, exceto em relação pneumotórax / hemotórax em que houve menor ocorrência no grupo de cirurgia exclusiva. A mortalidade geral foi de 14 casos (8,8%), não relacionada ao tratamento empregado. CONCLUSÃO: O emprego da terapêutica neo-adjuvante com quimioterapia e radioterapia com a finalidade de obter-se melhor sobrevida e taxas de ressecção completa não resultou em aumento nas complicações peri-operatórias. 168 172