Tesis
Extratos de própolis no controle da mancha bacteriana (Xanthomonas gardneri) e da pinta bacteriana (Pseudomonas syringae) em tomateiro
Autor
Giana Paula, Schauffler
Institución
Resumen
TCC (graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Ciências Agrárias. Curso de Agronomia. O tomate é uma das hortaliças de maior importância no Brasil e no mundo. Este trabalho
teve como objetivo a avaliação in vitro e in vivo do efeito da própolis de diferentes fontes
contra os patógenos Xanthomonas gardneri e Pseudomonas syringae, bactérias causadoras
da mancha e da pinta bacteriana na cultura do tomate. As amostras de própolis foram
provenientes de Rancho Queimado/SC (RQ) e São Joaquim/SC, coletadas no verão (SJV)
ou inverno (SJI). Para verificar o efeito antimicrobiano dos extratos de própolis sobre as
bactérias, realizaram-se testes de incorporação em meio de cultura, de difusão em ágar com
papel antibiograma e de formação de biofilme bacteriano em microplaca. Em tomateiros,
testou-se o efeito do intervalo de tempo (4 dias, 2 dias ou 2 horas) entre tratamento com
própolis RQ (2,0 mg.ml-1) e inoculação de X. gardneri ou de P. syringae em plantas da
variedade Kada e Santa Clara, respectivamente. Por fim, foi avaliado o efeito de própolis
RQ (0; 0,5 e 3,0 mg.ml-1) em explantes de ápices caulinares de tomateiros Kada inoculados
com X. gardneri e de explantes da variedade Santa Clara inoculados com P. syringae. Nos
testes de incorporação, todas as fontes de própolis e em todas as concentrações (0,1; 0,5 e
1,0 mg.ml-1) foram capazes de inibir o crescimento de X. gardneri, mas para P. syringae
apenas as doses mais elevadas (0,5 e 1,0 mg.ml-1) se mostraram eficientes. No teste de
difusão em ágar, as três fontes de própolis não apresentaram halos de inibição contra X.
gardneri e P. syringae que se comparassem ao do bactericida. Observou-se efeito de dose
da própolis RQ sobre X. gardneri, apresentando mais de 99% de inibição da formação do
biofilme bacteriano nas maiores doses testadas (1,5 e 3,0 mg.ml-1). Para P. syringae, a inibição foi de 67,8%, menos evidente que para X. gardneri. Em plantas, não foi observado
efeito do extrato de própolis RQ (2,0 mg.ml-1) sobre a severidade das bacterioses,
independente do intervalo de tempo entre aplicação e inoculação. Em explantes de tomate
da variedade Kada, as doses 0,5 e 3,0 mg.ml-1 de própolis RQ reduziram a mancha
bacteriana em 37 e 47%. O controle da pinta bacteriana, usando essas mesmas doses, foi de
69 e 75% em explantes de Santa Clara, respectivamente. Com isso, conclui-se que a própolis tem potencial para o controle da mancha e da pinta bacteriana em tomateiros. The tomato is an important crop in Brazil and worldwide. This study had as objective to
evaluate the in vitro and in vivo effect of propolis from different sources against pathogens
Xanthomonas gardneri and Pseudomonas syringae, bacteria that cause bacterial spot and
speck in tomato crop. The propolis samples were from Rancho Queimado/SC (RQ) and
São Joaquim/SC, collected in summer (SJV) or winter (SJI). Tests of incorporation in
culture medium, agar diffusion method employing filter paper discs and bacterial biofilm
formation in microplate were conducted to verify the antimicrobial effect of propolis
extracts on the bacteria. In tomato plants, we tested the effect of time interval (4 days, 2
days, or 2 hours) between treatment with RQ propolis (2,0 mg.ml-1) and inoculation with
X. gardneri or P. syringae in plants of variety Kada and Santa Clara, respectively. Finally,
we evaluated the effect of RQ propolis (0; 0,5 and 3,0 mg.ml-1) in tomato shoot explants of
Kada variety inoculated with X. gardneri and explants of Santa Clara variety inoculated
with P. syringae. Incorporation tests results demonstrated that all sources of propolis and at
all concentrations (0,1; 0,5 e 1,0 mg.ml-1) were able to inhibit X. gardneri the growth, but
only higher doses (0,5 and 1,0 mg.ml-1) were efficient against P. syringae. In agar
diffusion test the three sources of propolis showed no inhibition halo against X. gardneri
and P. syringae which compared the bactericidal. Was observed dose effect of RQ propolis
on X. gardneri. Presenting more than 99% inhibition the level of bacterial biofilm
formation on the higher doses tested (1,5 e 3,0 mg.ml-1). For P. syringae, inhibition was
67,8%, less evident than for X. gardneri. In plants, there wasn’t effect of RQ propolis
extract (2,0 mg.ml-1) on the severity of bacterial diseases, regardless of time interval
between application and inoculation. In tomato explants of Kada variety, RQ propolis at
0,5 and 3,0 mg.ml-1 reduced the number of lesions of bacterial spot in 37 and 47%. The control of bacterial speck using those same doses was 69 and 75% in explants of Santa
Clara, respectively. Thus, it’s concluded that propolis has potential to control of bacterial
spot and speck on tomato plants.