Tesis
Políticas lingüísticas y lenguas extranjeras en el nivel secundario: Reconfiguraciones en la Provincia de Buenos Aires en el cambio de milenio
Autor
Pesci, Anahí Laura
Institución
Resumen
La presente tesis tiene como objetivo central analizar las políticas en lenguas extranjeras en la Provincia de Buenos Aires para el nivel secundario a partir de la Ley de Educación Nacional N°26.206, y su relación con la enseñanza del inglés como lengua extranjera hegemónica en dicho nivel, a partir de las perspectivas de una multiplicidad de sujetos. Para ello, partí de un diseño metodológico cualitativo que combinó el estudio de documentos normativos nacionales y provinciales del período 1989-2015, con el análisis temático de entrevistas semi-estructuradas a exfuncionarios de la Dirección General de Cultura y Educación, y a docentes y formadores ligados a las lenguas extranjeras.
Los hallazgos de esta tesis muestran que, en las dos grandes reformas de cambio de milenio, los instrumentos legislativos tuvieron un papel preponderante y el Estado fue un actor central en las reconfiguraciones de las políticas lingüísticas. Aun así, las entrevistas permitieron identificar iniciativas que siguieron un camino inverso (bottom-up), mostrando la complejidad de las reconfiguraciones de las políticas lingüísticas para el nivel secundario, con una multiplicidad de actores que intervienen en distintos roles, tanto colectiva como individualmente.
Pese a ciertos desplazamientos a partir de la nueva Ley de Educación Nacional en 2006, el inglés continúa siendo en la provincia de Buenos Aires la única lengua extranjera con presencia en el campo de la formación común (obligatoria) en el nivel secundario, mientras que el francés, italiano y portugués están presentes como parte de un recorrido curricular optativo, con dificultades para su implementación. Sin embargo, a lo largo de la tesis se evidencian una serie de cambios respecto del inglés y las lenguas extranjeras en general, incluyendo la percepción del lenguaje como un elemento central de la educación intercultural, presente en la legislación nacional y provincial.
Esta tesis aporta fundamentalmente a la discusión acerca del alcance del campo de la política lingüística, argumentando a favor de una visión amplia del mismo que no se limite al accionar desde la esfera estatal. Además, complementa los estudios de corte netamente documental o con foco en la expansión del inglés en la escuela primaria, al abordar los nuevos sentidos que adquieren las lenguas extranjeras en la escuela secundaria obligatoria. The main aim of this thesis is to analyze the foreign language policies in the Province of Buenos Aires at the secondary level emanating from the National Education Law No.
26.206, in relation to the teaching of English as a hegemonic foreign language in secondary school, based on the perspectives of a multiplicity of subjects. To do so, I resorted to a qualitative research design which combined the study of national and provincial normative documents from 1989 to 2015, together with the thematic analysis of semi-structured interviews to former provincial public officials, and to teachers and teacher trainers linked with foreign languages.
The findings show that, during the two large reforms at the turn of the millennium, legislative instruments had a leading role and the State was a central actor in the reconfiguration of language policies. Even so, interviews allowed me to identify initiatives that followed the opposite direction (bottom-up), which reveals the complexity of language policy reconfigurations at the secondary level, including a multiplicity of actors that play different roles, both collectively and individually.
Despite certain changes since the new National Education Law was passed in 2006, in the Province of Buenos Aires English remains as the sole foreign language that is part of the compulsory curriculum at the secondary level, while French, Italian and Portuguese are included within an optional curricular path which has been difficult to implement. Nevertheless, a series of changes concerning English and foreign languages in general become evident throughout this thesis, including the perception of language as a crucial component of intercultural education, which is present at both the national and provincial legislation.
The main contribution of this thesis lies in the discussion about the scope of language policy, in which I argue in favor of a broad perspective on such field, not limited to the sphere of state action. In addition, this thesis complements those studies that are purely documentary or that focus on the expansion of English in primary school, since I address the new meanings that foreign languages acquire in compulsory secondary education. O principal objetivo desta tese é analisar as políticas de língua estrangeira na província de Buenos Aires para o ensino médio, a partir da Lei Nacional de Educação nº 26.206, e sua relação com o ensino de inglês como língua estrangeira hegemônica nessa etapa da educação, sob a perspectiva de uma multiplicidade de sujeitos. Para isso, parti de um desenho metodológico qualitativo que combinou o estudo de documentos normativos nacionais e provinciais de 1989 a 2015, com a análise temática de entrevistas semiestruturadas com ex-funcionários da Direção Geral de Cultura e Educação, professores e treinadores vinculados a idiomas estrangeiros.
Os resultados desta tese mostram que, nas duas principais reformas de mudança do milênio, os instrumentos legislativos desempenharam um papel de liderança e o Estado foi um ator central nas reconfigurações das políticas linguísticas. Mesmo assim, as entrevistas permitiram identificar iniciativas que seguiram um caminho inverso (bottom-up), mostrando a complexidade das reconfigurações das políticas linguísticas para o ensino médio, com uma multiplicidade de atores envolvidos em diferentes papéis, tanto coletivamente quanto individualmente.
Apesar de certos deslocamentos da nova Lei Nacional de Educação em 2006, o inglês continua sendo a única língua estrangeira na província de Buenos Aires com presença no campo da formação comum (obrigatória) no ensino médio, enquanto o francês, italiano e português estão presentes como parte de uma rota curricular opcional, com dificuldades para sua implementação. No entanto, ao longo da tese, uma série de mudanças em relação ao inglês e às línguas estrangeiras em geral tornam-se evidentes, incluindo a percepção da língua como um elemento central da educação intercultural, presente na legislação nacional e provincial.
Esta tese contribui fundamentalmente para a discussão sobre o alcance do campo da política linguística, defendendo uma visão ampla do mesmo que não se limite à ação da esfera estatal. Além disso, complementa estudos de natureza puramente documental ou com foco na expansão do inglês na escola primária, abordando os novos sentidos adquiridos pelas línguas estrangeiras no ensino médio obrigatório. Facultad de Humanidades y Ciencias de la Educación