Tesis
Microencapsulação e liberação controlada do corante natural de urucum utilizando matriz polimérica de quitosana
Autor
Parize, Alexandre Luis
Institución
Resumen
TCC (graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Físicas e Matemáticas, Curso de Química. O crescente interesse pelo emprego de corantes naturais, principalmente na
indústria alimentícia, aliada a instabilidade destes compostos frente a fatores como pH,
oxigênio e luz, torna necessário o desenvolvimento de técnicas para reduzir a
instabilidade e prolongar o tempo de vida OW dos compostos. De encontro a essas
necessidades, a técnica de microencapsulação passou a ser uma alternativa relevante.
Neste trabalho foi investigada a eficiência do biopolímero quitosana no processo de
microencapsulação do corante natural de urucum. A partir da quitosana purificada foram
preparadas microesferas do polimero pelo método de separação de fases via
coacervação simples.
O corante foi impregnado nas microesferas de quitosana a partir de três métodos
diferentes: adsorgão, coacervação e reticulação. A quantidade de corante impregnado foi
determinada por espectrometria de UV. As diferentes amostras de microesferas foram
caracterizadas por IV, TGA, DSC e MEV. A microscopia eletrônica de varredura
comprova a impregnação do corante.
As microesferas apresentaram-se sem poros e sem fissuras. 0 grau de
intumescimento também foi analisado e foi verificado que as microesferas coacervadas
possuem menor grau de intumescimento.
Os dados experimentais obtidos no estudo de DSC, sugerem a existência de uma
interação física entre polimero — corante para as microesferas adsorvidas e coacervadas
e de uma interação química para as amostras reticuladas.
Os estudos cinéticos de liberação do corante a partir de matriz de quitosana indicam
uma velocidade mais rápida de liberação do corante microencapsulado pelo método de
coacervação comparado com o método de adsorgão. Nas microesferas reticuladas não
se observa liberação em nenhum dos pH utilizados no estudo.