bachelorThesis
Avaliação de fatores de virulência de isolados clínicos e ambientais do complexo Candida parapsilosis
Fecha
2019-11-05Registro en:
CHACON, Dayane Araújo. Avaliação de fatores de virulência de isolados clínicos e ambientais do complexo Candida parapsilosis. 2019. 47f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Farmácia) - Departamento de Farmácia, Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2019.
Autor
Chacon, Dayane Araújo
Resumen
Introdução: Nos últimos anos vem sendo observado uma emergência de infecções relacionadas a espécies de Candida-não-Candida albicans (CNCA), e as espécies do Complexo Candida parapsilosis estão frequentemente associadas à quadros de infecção. Sendo que nas últimas duas décadas, a prevalência das infecções ocasionadas pelo Complexo C. parapsilosis aumentou drasticamente. E por serem leveduras comumente encontradas como comensais da pele humana, as espécies do Complexo C. parapsilosis são importantes agentes de infecções nosocomiais, apresentando-se como patógeno fúngico oportunista, estando também associadas à quadros de candidemia, e juntamente com mais quatro espécies de Candida (C. albicans, C. glabrata, C. tropicalis e C. krusei) representam 90% dos isolados de pacientes com candidemia.
Objetivo: O presente trabalho objetivou comparar o potencial patogênico de isolados ambientais (fezes de pombo) com isolados clínicos (hemocultura) do Complexo C. parapsilosis, através das análises fenotípicas dos fatores de virulência in vitro.
Metodologia: Para análise dos fatores de virulência, foram realizados ensaios de aderência às células epiteliais bucais humanas (CEBH), secreção de enzimas (fosfolipases) e atividade de protease de todos os isolados de C. parapsilosis. Os resultados também foram comparados com cepas de referências de C. albicans ATCC 90098 e C. parapsilosis ATCC 22019.
Resultados: Os isolados clínicos do Complexo C. parapsilosis mostraram maior capacidade de aderir as CEBH, com média de 144,4 ± 67,5 células aderidas, contrapondo-se aos isolados ambientais, que tiveram média de 77,3 ± 63,4 células aderidas. Quanto à atividade de protease, 78,3% (18/23) dos isolados clínicos apresentaram atividade de protease, ao passo que também 78,3% (18/23) dos isolados ambientais apresentaram atividade de protease. Os isolados ambientais apresentaram uma produção média de fosfolipase semelhante aos isolados clínicos (Pz = 0,70 ± 0,08 e 0,77 ± 0,19, respectivamente).
Conclusões: Nossos resultados sugerem um potencial patogênico semelhante entre os isolados clínicos e ambientais, o que pode levar a infecção de frequentadores de ambientes em que existam pombos, como praças públicas, salientando que estudos que avaliam a patogenicidade de isolados ambientais do Complexo C. parapsilosis ainda são extremamente escassos na literatura.