Tesis
Efeitos de combinações entre o ácido anacárdico derivado da casca da castanha do caju (Anacardium occidentale) e o óleo de açaí (Euterpe oleracea Mart.), livres ou nanoestruturados, no tratamento de células de câncer de pele não melanoma, in vitro
Fecha
2017-05-26Registro en:
ARAÚJO, Henrique Loback Lopes de. Efeitos de combinações entre o ácido anacárdico derivado da casca da castanha do caju (Anacardium occidentale) e o óleo de açaí (Euterpe oleracea Mart.), livres ou nanoestruturados, no tratamento de células de câncer de pele não melanoma, in vitro. 2017. 86 f., il. Dissertação (Mestrado em Nanociência e Nanobiotecnologia)—Universidade de Brasília, Brasília, 2017.
Autor
Araújo, Henrique Loback Lopes de
Institución
Resumen
O Câncer de Pele Não Melanoma (CNPM) o tipo de câncer que possui maior incidência no Brasil e no mundo. O ácido anacárdico (AA) é um composto proveniente da casca da castanha do caju (Anacardium occidentale) que vem atraindo grande interesse nos últimos anos devido ás suas propriedades antitumorais, antibióticas, gastroprotetoras e antioxidantes. O açaí (Euterpe oleracea Mart.) também vem atraindo a atenção de pesquisadores, por ser rico em polifenóis com atividades como supressão tumoral, antiproliferativo e pró-apoptótica. Grande parte desses fitoquímicos que possuem atividades terapêuticas são pouco solúveis em soluções aquosas, o que dificulta sua administração e absorção no organismo. Desta forma, a encapsulação desses compostos em nanoestruturas se torna uma alternativa plausível para potencializar seus efeitos biológicos. Diante do exposto, o presente projeto de pesquisa tem como objetivo avaliar os efeitos de combinações entre o ácido anacárdico (AA) derivado da casca da castanha do caju (Anacardium occidentale) e o óleo de açaí (Euterpe oleracea Mart.), livres ou nanoestruturados, no tratamento de câncer de pele não melanoma in vitro. Os testes de estabilidade mostraram que a nanoemulsão à base de óleo de açaí (AçNE) apresentaram gotículas com diâmetro hidrodinâmico de ± 140 nm, com índice de polidespersão de 0,229, potencial de superfície de ± 17,6 mV e pH 7 por 120 dias. Foi possível modificar a superfície das AçNE adicionando polímeros de quitosana (CH), polietileno glicol (PEG) e fosfolipídios catiônicos DOTAP (1,2-Dioleoiloxi-3-(trimetilamónio) propano). Tais formulações não apresentaram efeito citotóxico nas linhagens A431 e HaCaT, independentemente do tipo de superfície. Os tratamentos AçNE associado ao AA provocaram uma significativa redução na viabilidade das células A431, porém não foi observado efeito de sinergismo entre os mesmos. Em contrapartida, quando ambos compostos foram adicionados na forma não-nanoestruturada, observou-se redução de 90% da viabilidade de células A431 em 24 horas. Dados de citometria de fluxo indicam que a combinação dos compostos livres resulta em morte celular por apoptose e bloqueio do ciclo celular. O presente estudo sugere que a combinação de óleo de açaí e AA é uma promissora alternativa terapêutica antitumoral a ser mais explorada em estudos futuros.