Tesis
Estudo da adsorção do antibiótico sulfanilamida em esmectita modificada com Na
Fecha
2019-02-19Registro en:
MASSARIOL, P. S., Estudo da adsorção do antibiótico sulfanilamida em esmectita modificada com Na
Autor
PROFETI, L. P. R.
BRITO, G. A. O.
PINHEIRO, C. J. G.
Altoé, M. A. S.
NEVES, M. A.
PROFETI, D.
Institución
Resumen
O descarte indiscriminado de produtos farmacêuticos, do tipo antibiótico, como a sulfanilamida (SAA) podem se converter em contaminantes no ambiente modificando a qualidade das águas. Os métodos convencionais de remoção de contaminantes possuem elevado custo e apresentam uma reduzida eficiência pelos métodos das estações de tratamento. A adsorção mostra-se eficaz para remoção de poluentes, de fácil operação e minimiza a quantidade de substâncias tóxicas nos efluentes. O uso de materiais adsorventes acessíveis e de baixo custo vem se tornado cada vez mais promissor para a adsorção de compostos orgânicos. O potencial da argila do tipo esmectita foi investigado na adsorção de sulfanilamida em soluções aquosas através de análises em bateladas utilizando modificações físicas e químicas na argila a fim de aumentar a capacidade de remoção. Foram aplicados na argila in natura, tratamento térmico, lavagem em água ultrapura, tratamento com ácido HCl e tratamento com sal NaCl. A quantificação da sulfa foi realizada por espectrometria UV-visível e a caracterização dos adsorventes foi feita através de técnicas de caracterização. As melhores condições para a adsorção que apresentaram melhores capacidades de remoção da SAA foram nas soluções de SAA em pH 4 com a argila tratada a 200°C, se ajustando para um processo de cinética de pseudo-primeira ordem, e em pH 8 com a argila tratada com NaCl, se ajustando a uma cinética de pseudo-segunda ordem e sendo esta última a condição ótima de processo. O equilíbrio de adsorção para a condição ótima de trabalho foi investigado e descrito pela isoterma de Langmuir, a partir do método não linear. A quantidade máxima de SAA adsorvida pela argila foi próxima do valor experimental (Qe em 79,79 mg g-1 para temperatura de processo de 55°C). Desta forma, temperatura do processo tem grande influência na remoção da SAA pela argila e o processo de adsorção caracterizou-se como espontâneo para todas as temperaturas estudadas. A difração de raios-X permitiu identificar as fases cristalinas características da esmectita, com mudanças estruturais de acordo com os tratamentos aplicados, incluindo a variação da distância entre lamelas devido a intercalação do íon sódio. A análise elementar, realizada por EDS, mostrou a presença de silício, oxigênio, potássio e alumínio como os principais elementos da estrutura da argila, os quais são característicos da esmectita. O adsorvente apresentou morfologia com alta porosidade e o sódio foi identificado somente na argila modificada com Na. A argila modificada por sódio possui potencial para ser utilizada como adsorvente alternativo de baixo custo para tratamento de efluente e águas contendo o contaminante emergente da sulfanilamida.