Artículos de revistas
Pureza Nagô e Nações Africanas no Tambor de Mina do Maranhão
Registro en:
10.22456/1982-2650.2170
Autor
Ferretti, Mundicarmo
Resumen
O Maranhão é conhecido como principal centro de preservação da cultura jeje-dahomeana do Brasil, embora a maioria dos terreiros de mina reproduza principalmente o modelo da Casa de Nagô e não o da Casa das Minas (jeje). A primeira, apesar de tradicionalista e fundada por africanas, distancia-se do candomblé da Bahia e goza de menor prestígio do que a Casa das Minas. Os outros terreiros da capital maranhense que cultuam entidades africanas originaram-se direta ou indiretamente da Casa de Nagô ou de terreiros de outras “nações” já desaparecidos. Os demais terreiros de São Luís foram abertos para entidades espirituais não africanas (caboclas), principalmente por curadores ou pajés, geralmente procurando fugir à discriminação de que eram alvo. Apesar da Casa das Minas não ter autorizado o funcionamento ou reconhecido outra casa mina-jeje, alguns terreiros de mina que também cultuam voduns do Daomé, procuram se legitimar no campo religioso afro-brasileiro afirmando possuir alguma ligação com ela ou com suas fundadoras africanas. Nesse trabalho se analisa a construção da identidade jeje da Casa Fanti-Ashanti e o filme documentário Atlântico Negro - Na rota dos orixás, de Renato Barbieri, onde ela é apresentada como a representante da cultura do Dahomé no Brasil. Maranhão is known as the principal centre of preservation of the jeje-dahomeana culture of Brazil, even though the majority of the centers of mina principally reproduce the House of Nâgo and not that of the House of Minas (jeje). The first, despite being traditionalist and founded by africans is distanced form the candomble of Bahia and enjoys less prestige than the House of Minas. The other centers of the capital of Maranhão that worship african entities originate directly or indirectly from the House of Nâgo or from centers of other ‘nations’ already disappeared. Many of the centers of São Luis were opened for non-african spiritual entities (cabocla) by curers or pajés(medicine men) generally looking to flee from the discrimination of which they were a target. Despite the fact that that the House of Minas has not authorised the functioning or recognised the other House of Mina-Jeje, some centers of mina also worsip voduns of Dahomey, they try to legitimise themselves in the feild of afro-brazilian religion, affirming that they posess some connection with it or it’s african founders. In this work the construction of the jeje indentity of the House of Fanti-Ashanti is analysed and the documentary film Atlantic Negro - The Rout of the Orixás by Renato Barbiere, where it is presented as a representative of the Dahomey culture of Brazil.