Tesis
Avaliação da capacidade antioxidante de variedades de melão (Cucumis melo L.) comercializadas no Brasil e determinação do teor de glutationa reduzida (GSH)
Evaluation of antioxidant capacity of varieties of melon (Cucumis melo L.) commercialized in Brazil and determination of the content of reduced glutathione (GSH)
Registro en:
Autor
Brito, Enieluce dos Santos, 1965-
Institución
Resumen
Orientadores: Glaucia Maria Pastore, Vera Sônia Nunes da Silva Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Engenharia de Alimentos Resumo: Frutas e vegetais são apontados como fontes naturais de compostos bioativos e antioxidantes. Atualmente o melão brasileiro é uma das frutas de produção mais expressiva no país com níveis de exportação da ordem de 200 mil toneladas/ano. A qualidade exigida pelo mercado importador vem ocasionando a rejeição de muitos frutos que poderiam ser direcionados ao mercado interno, tornando evidente a necessidade de estudar seu potencial para agregar valor mediante o seu aproveitamento. O objetivo deste estudo foi caracterizar polpas e cascas de melões (Cucumis melo L.) dos tipos Amarelo, Gália, Pele de Sapo (Verde), Cantaloupe, Honeydew (Orange) e Matisse (Snow Leopard) através de análises da composição centesimal e aminoacídica, do conteúdo de carotenoides e fenólicos totais, estimativa da capacidade antioxidante (DPPH e ORAC), e da adequação de um método analítico para quantificação da glutationa reduzida (GSH) - que desempenha múltiplas funções, com destaque na manutenção do equilíbrio redox celular. A determinação da GSH utilizou técnica cromatográfica em coluna de fase reversa e detecção por fluorescência (CLAE-FD). Os frutos apresentaram concentrações variadas de GSH em suas polpas (1,52 a 6,05 nmol g-1), com o melão Amarelo apresentando a maior concentração, seguido dos melões Gália e Cantaloupe. As cascas apresentaram conteúdo de GSH de 1,41 a 3,67 nmol g-1, valores inferiores às concentrações encontradas nas polpas, com exceção do melão Matisse cujo conteúdo na casca correspondeu ao dobro do encontrado na polpa. Cascas e polpas revelaram conteúdos consideráveis de aminoácidos. A somatória indicou para polpas, equivalente protéico de 4,42% a 9,12%. Nas cascas o valor mínimo foi de 6,63% e o máximo de 11,11%. Os teores de fibra alimentar nas polpas foram de 6 a 9% e nas cascas de 36 a 50%. Os teores de carotenoides totais nas polpas dos melões Cantaloupe e Orange foram 33,83 e 38,86 mg 100g-1, respectivamente, e nas demais variedades os valores foram inferiores a 1,2 mg 100 g-1. Nas cascas o Verde apresentou 71,2 mg 100g-1 e o Cantaloupe 35,2 mg 100g-1, os demais tipos apresentaram valores inferiores a 8,5 mg 100g-1. Todos os frutos apresentaram altos teores de compostos fenólicos totais, com predominância nas cascas. As polpas variaram de 248 a 334 mg equivalente ácido gálico (GAE) 100g-1. Nas cascas o maior teor foi para o Matisse 1048 mg GAE 100g-1 seguido do Verde com 714 mg GAE 100g-1, e as demais variaram de 430 a 550 mg GAE 100g-1. Na atividade antioxidante (DPPH) em base úmida, o valor encontrado de concentração eficiente (EC50) nas polpas foi de 4,6 a 7,6 mg mL-1 e para as cascas de 0,5 a 4,0 mg mL-1. No ensaio ORAC (base úmida), o valor obtido foi de 14 µM TE 100 g-1 nas polpas do Cantaloupe, Amarelo e Verde, já para o Gália, Matisse e Orange foi de 1,0; 6,7 e 10,7 µM TE 100 g-1, respectivamente. As cascas variaram de 5,5 a 29,7 µM TE 100 g-1. Os compostos bioativos encontrados na polpa e casca da fruta justifica seu aproveitamento, contribuindo na diminuição do desperdício de alimentos Abstract: Fruits and vegetables are singled out as natural sources of bioactive compounds and antioxidants. Currently the Brazilian melon is one of the most significant fruits in terms of production, with exports around 200,000 tons/year. The quality demanded by the importing market has been causing the rejection of many fruits that could be directed to the internal market, making clear the need to study its potential to add value by its exploitation. The objective of the present study was to characterize the pulps and peels of melons (Cucumis melo L.) of different types, Amarelo, Galia, Pele de Sapo (Verde), Cantaloupe, Honeydew (Orange) and Matisse (Snow Leopard), by the use of proximate composition analysis, aminoacid composition analysis, carotenoids and total phenolics contents, estimation of antioxidant capacity (DPPH and ORAC), and adaptation of an analytical method for quantification of reduced Glutathione (GSH), which plays many roles, mainly on the maintenance of cellular redox balance. GSH was determined through reverse phase high performance liquid chromatography with fluorescence detection (HPLC-FLD). The fruits showed varied concentrations of GSH in their pulp (1.52 to 6.05 nmol g-1), with Amarelo melon showing the highest concentration, followed by Galia and Cantaloupe melons. The peels presented GSH content of 1.41 to 3.67 nmol g-1, values below the ones found in the pulps, with exception for the Matisse melon which contents in the peel was twice the one found in the pulp. Results revealed considerable amino acid content in peel and pulp. For pulps, the sum showed protein equivalent of 4.42 to 9.12%. In the peels, the minimum value was 6.63% and the maximum was 11.11%. The levels of dietary fiber in the pulps were from 6 to 9% and in the peels from 36 to 50%. Total carotenoids content in pulp of Cantaloupe and Orange melons were 33.83 and 38.86 mg 100 g-1, respectively, while in other varieties the values were lower than 1.2 mg 100 g-1. In peel, Verde melon presented 71.2 mg 100 g-1 and Cantaloupe 35.2 mg 100 g-1, the others presented levels below 8.5 mg 100 g-1. All the fruits presented high levels of phenolic compounds, with a predominance in the peel. Gallic acid equivalent (GAE) in the pulps ranged from 248 to 334 mg 100 g-1. In peels the highest content was for the Matisse melon, 1048 mg GAE 100 g-1, followed by Verde with 714 mg GAE 100 g-1. Other melons ranged from 430 to 550 mg GAE 100 g-1. For antioxidant activity (DPPH) on wet basis, the value for efficient concentration (EC50) in the pulps was from 4.6 to 7.6 mg mL-1 and for the peels from 0.5 to 4.0 mg mL-1. As for the ORAC test, Cantaloupe, Amarelo and Verde presented a level of 14 µM TE 100 g-1, while Gaul, Matisse and Orange were 1.0; 6.7 and 10.7 µM TE 100 g-1, respectively. Peels varied from de 5.5 a 29.7 µM TE 100 g-1. The bioactive compounds found in pulp and fruit peel justify the melon use, contributing to the reduction of food waste Doutorado Ciência de Alimentos Doutora em Ciência de Alimentos