Tesis
Efeito do treinamento físico aeróbio na modulação autonômica da frequência cardíaca de pacientes com hipertensão arterial sistêmica
Effect of aerobic physical training in autonomical modulation of the heart rate of patients with hypertension
Registro en:
CAMARGO, Taís Mendes de. Efeito do treinamento físico aeróbio na modulação autonômica da frequência cardíaca de pacientes com hipertensão arterial sistêmica. 2017. 1 recurso online (151 p.). Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Enfermagem, Campinas, SP.
Autor
Camargo, Taís Mendes de, 1976-
Institución
Resumen
Orientadores: Roberta Cunha Matheus Rodrigues, Marlene Aparecida Moreno Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Enfermagem Resumo: Este estudo teve por objetivo verificar o efeito do treinamento físico aeróbio supervisionado com intensidade determinada pela velocidade crítica (VC) por meio do protocolo de duplos esforços não exaustivo (DENE) sobre a aptidão cardiorrespiratória e modulação autonômica cardíaca em pacientes com hipertensão arterial (HA) em acompanhamento ambulatorial. Estudo do tipo experimental, controlado, não aleatorizado. A amostra foi composta por 61 pacientes distribuídos nos grupos Intervenção (GI) e Controle (GC). Na abordagem inicial (T0) obteve-se dados sociodemográficos, clínicos e realizou-se o teste cardiopulmonar de exercício (TCPE) para determinação do consumo pico de oxigênio (VO2pico) e das variáveis cardiovasculares, hemodinâmicas e metabólicas. Entre um e sete dias após a abordagem inicial (T1), aplicou-se o DENE no GI para determinação da VC, utilizada como intensidade de treinamento e obteve-se, em ambos os grupos, a medida da variabilidade da FC (VFC), com uso de cardiofrequencímetro. Em T2 (sete dias a 13 semanas após T0), os pacientes do GI realizaram o treinamento físico, três vezes por semana, por uma hora, durante 12 semanas. Os pacientes do GC receberam cuidado usual ambulatorial. Em T3 (13 semanas após T0), os pacientes do GI e GC foram reavaliados por meio do TCPE e medida da VFC; no GI determinou-se a VC pós intervenção. A VFC foi analisada pelos modelos lineares (domínios do tempo e frequência) e não lineares (análise simbólica, entropia condicional normalizada e entropia amostral). Para análise dos dados foram utilizados - o modelo linear misto para comparação intragrupos com transformação Box-Cox na variável dependente, quando necessário; os testes Qui-quadrado ou Exato de Fisher para testar as associações entre os grupos e as variáveis qualitativas; a análise de medidas repetidas, com correção de Holm-Sidak post hoc para verificar o efeito do treinamento na VFC nas posturas supina (SUP) e ortostática (ORTO) e o teste t de Student não pareado para comparação intergrupos, pré e pós treinamento. Foram constatadas diferenças estatisticamente significantes intragrupo, no GI, nas variáveis do TCPE - tempo do TCPE (p<0,001), distância percorrida (p<0,001), VO2pico (p<0,001), METs (p<0,001), velocidadepico (p<0,001), inclinação do ergômetro (p<0,0001), pulso de oxigênio (PulsoO2) (p<0,001) e FCpico (p=0,04). Na comparação intergrupos, foram observadas diferenças significantes no tempo do TCPE (p=0,01), velocidadepico (p=0,03) e pulsoO2 (p=0,03). Houve diferença significante na VC entre os tempos, no GI (p=0,04). A análise simbólica da VFC mostrou redução significante do índice sem variação (0V%) e aumento do índice com duas variações diferentes (2VD%) intragrupo, no GI (p<0,001) e intergrupos (p<0,004). Não foram constadas diferenças significantes intra e intergrupos na análise da entropia condicional normalizada. Houve redução significante da média iRR (p<0,05) e da entropia amostral no GI (p<0,05) nas posturas SUP e ORTO, após o treinamento, com menores valores obtidos na postura ORTO. Observou-se, no GI, após o treinamento, aumento significativo do balanço simpatovagal relacionado à postura ORTO (p<0,05). Na comparação intergrupos não foram constatadas diferenças. Concluiu-se que o treinamento físico aeróbio supervisionado melhorou a modulação autonômica da FC e aptidão cardiorrespiratória em pacientes com HA em seguimento ambulatorial especializado Abstract: This study aimed to verify the effect of supervised aerobic physical training with intensity determined by the critical velocity (CV) through non-exhaustive double effort protocol (NEDE) on cardiorespiratory fitness and cardiac autonomic modulation in patients with hypertension in outpatient follow-up. An experimental, controlled, non-randomized study. The sample consisted of 61 patients distributed in the Intervention (IG) and Control (CG) groups. In the initial approach (T0), sociodemographic and clinical data were obtained and the cardiopulmonary exercise testing (CPX) was performed to determine the oxygen consumption uptake (VO2peak), cardiovascular, hemodynamic and metabolic variables. Between one and seven days after the initial approach (T1), the NEDE was applied in the IG to determine the VC used as training intensity and the heart rate variability (HRV) measurement was obtained in both groups, with cardiofrequency meter. At T2 (seven days to 13 weeks after T0), IG patients underwent physical training three times a week for one hour for 12 weeks. The CG patients received usual outpatient care. In T3 (13 weeks after T0), the IG and CG patients were reassessed by CPX and HRV measurement; in the IG the CV post intervention was determined. HRV was analyzed by linear models (time and frequency domains) and nonlinear models (symbolic analysis, normalized conditional entropy and sample entropy). For the data analysis, the mixed linear model was used for intra-group comparison with Box-Cox transformation in the dependent variable, when necessary; Chi-square or Fisher's exact tests to test associations between groups and qualitative variables; the analysis of repeated measurements with Holm-Sidak post-hoc correction to verify the effect of training on HRV on supine (SUP) and standing (STAND) postures and Student's t-test not paired for intergroup, pre- and post training comparison. Statistically significant intragroup differences were observed in the IG related to CPX variables - time of the CPX (p<0.001), VO2peak (p<0.001), METs (p <0.001), peak velocity (p<0.001), ergometer tilt (p <0.0001), oxygen pulse (PulseO2) (p <0.001) and heart rate (HR) peak (p=0.04). In the intergroup comparison, significant differences were observed in the time of CPX (p = 0.01), peak velocity (p = 0.03) and pulseO2 (p=0.03). There was a significant difference in VC between the times in IG (p=0.04). The symbolic analysis of the HRV showed a significant reduction of the index without variation (0V%) and increase of the index with two different variations (2VD%) in the GI (p<0.001) and intergroups (p<0.004). There were no significant intra and intergroup differences in the analysis of normalized conditional entropy. There was a significant reduction of the mean iRR (p<0.05) and sample entropy (p<0.05) in the IG in the SUP and ORTO postures, after training, with lower values obtained in ORTO posture. After training, a significant increase in the sympatovagal balance related to ORTO posture (p <0.05) was observed in the IG. In the intergroup comparison no differences were found. It was concluded that supervised aerobic physical training improved the autonomic modulation of HR and cardiorespiratory fitness in patients with hypertension in specialized outpatient follow-up Doutorado Enfermagem e Trabalho Doutora em Ciências da Saúde 01P-1752/2016 485267/2013-6 CAPES CNPQ