Dissertação
Geografia da mandioca na Amazônia paraense: meio geográfico, modo de vida e a cultura da farinha no meio rural do município de Bragança (PA)
Registro en:
Autor
BRITO, Jakeline Almeida
Institución
Resumen
This research aims to relate three notions - geographical environment, way of life, and flour
culture. As a proposal for analysis, we seek to understand the culture of manioc flour in the
Paraense Amazon linked to the way of life of the Amazonian man through processes, in a
historical context. Given the singularities of the knowledge to be impregnated in a product
that represents the geographies of the place, in successions and coexistences in the
geographical environments of the dynamics of life of the cultural and economic relations of
the municipality. From an empirical situation seen in Bragança, the culture of manioc flour
envisions the production process, and the reproduction of rural communities producing flour,
their insertion in the market in different media. And in the hypotheses, an intrinsic
relationship between way of life and geographical environment can be verified, with cassava
flour being the link in this relationship. At first, this relationship jumps from symbolic action
to an appropriation of European culture, making the product a food habit in the colony, later
becoming a food that was consumed in several Brazilian territories - presenting a production,
commercialization and consumption circuit that was based on local aspects. Currently, the
Bragança flour production and commercialization process takes place by small producers in
rural areas, as well as in other municipalities in the Bragantina region. Our empirical profile is
restricted to eight communities in rural areas in Bragança, in the study carried out, it was
possible to observe that over the years new technologies are increasing the way of life of these
communities whose logic is configured in the strategies of life reproduction of these small
farmers in the case of local associations and cooperatives. We attest that there is little change
in the printed space in the production method of manioc flour in the current geographical
environment, even with a certain amount of technological innovation, such as electricity,
different machinery in recent years, however, it has generated few benefits for rural
communities. who produce the flour, because not everyone has the financial resources to have
such devices on their properties. Another issue would be adding value to the product, which
occurs externally to the places where production takes place. It is necessary to say that this
value goes beyond the economic factor, since the notoriety of the know-how of making flour
is a traditional factor that needs to be a primary part in the debates. CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico Esta pesquisa tem como propósito relacionar três noções - meio geográfico, modo de vida, e
cultura da farinha. Como proposta de análise buscamos compreender a cultura da farinha de
mandioca na Amazônia paraense ligada ao modo de vida do homem amazônico através de
processos, de formas em um contexto histórico. Dada às singularidades dos saberes estarem
impregnadas em um produto que representa as geograficidades do lugar, em sucessões e
coexistências nos meios geográficos das dinâmicas de vida das relações culturais e
econômicas do município. A partir de uma situação empírica vista em Bragança, a cultura da
farinha de mandioca vislumbra o processo de produção, e reprodução das comunidades rurais
produtoras da farinha, sua inserção no mercado em diferentes meios. E nas hipóteses pode-se
verificar uma relação intrínseca entre modo de vida e meio geográfico, sendo a farinha de
mandioca o elo dessa relação. A princípio, tal relação salta da ação simbólica para uma
apropriação da cultura europeia, fazendo do produto um hábito alimentar na colônia,
tornando-se mais tarde um alimento que se consumia em vários territórios brasileiro apresentando um circuito de produção, comercialização e consumo que se baseava em
aspectos locais. Atualmente, o processo de produção e comercialização da farinha de
Bragança, dá-se por pequenos produtores das áreas rurais, bem como de outros municípios da
região bragantina. Nosso recorte empírico restringe-se a oito comunidades nas áreas rurais em
Bragança, no estudo realizado, foi possível observar que ao passar dos anos novas tecnologias
vão incrementando o modo de vida dessas comunidades cuja lógica se configura nas
estratégias de reprodução de vida desses pequenos agricultores no caso aqui de associações e
cooperativas locais. Atestamos que existe pouca mudança impressa no espaço no modo de
produção da farinha de mandioca no meio geográfico atual, mesmo com certo aporte de
inovação tecnológica, como a eletricidade, os maquinários diversos nos últimos anos, porém,
tem gerado poucos benefícios para as comunidades rurais que produzem a farinha, pois não
são todos que dispõem de recursos financeiros para terem tais aparatos em suas propriedades.
Outra questão, seria a agregação de valor ao produto esse se dá externamente aos lugares onde
a produção é realizada. É necessário dizer que esse valor ultrapassa o fator econômico, pois a
notoriedade do saber fazer da farinha é fator tradicional que precisa ser parte primordial nos
debates.