info:eu-repo/semantics/article
PLEISTOCENIC AND HOLOCENIC ENVIRONMENTAL CHANGES IN THE RECORD OF VALLEY HEAD DEPOSITS: CAMPO ALEGRE, NORTHERN SANTA CATARINA STATE PLATEAU (SC)
REGISTRO DE MUDANÇAS AMBIENTAIS PLEISTOCÊNICAS E HOLOCÊNICAS EM DEPÓSITOS DE CABECEIRA DE VALE: CAMPO ALEGRE, PLANALTO NORTE CATARINENSE (SC)
Autor
OLIVEIRA, MARCELO ACCIOLY TEIXEIRA DE
PESSENDA, LUIZ CARLOS RUIZ
BEHLING, HERMANN
LIMA, GISELE LEITE DE
FERREIRA, GLAUCIA MARIA DOS SANTOS SILVA
Institución
Resumen
Low resolution of continental sedimentary record is a common source of skepticism about the application of geomorphology and sedimentology to Quaternary studies. However, when supported by independent proxy data, geomorphology and sedimentology favor palaeoenvironmental interpretation. This paper presents results obtained from pedostratigraphic sequences, in valley head sites of southern Brazilian highlands, based on geomorphological, micromorphological, sedimentological, isotopical and palynological data. Results point to environmental changes, which ages coincide with Marine Isotopic Stages (MIS) 5b; 3; 2 and 1. During the late Pleistocene, in spite of temperatures and precipitation lower than today, the local valley head record points to wetter local environments, where shallow soil-water saturated zones contributed to erosion and sedimentation during periods of climatic change. During the mid Holocene, slope wash deposits suggest a climate drier than today, under the influence of seasonally contrasted precipitation regimes and torrential overland flow on hillslopes. The predominance of overland flow-related sedimentary deposits suggests an excess of precipitation over evaporation influencing local palaeohydrology. This palaeohydrological condition seems to be recurrent and explains how slope morphology had influenced pedogenesis and sedimentation in the study area, in response to environmental changes. A baixa resolução do registro sedimentar continental é a principal fonte de ceticismo em relação à aplicação da geomorfologia e da sedimentologia aos estudos do Quaternário. No entanto, quando apoiadas em dados representativos (proxy data), a geomorfologia e a sedimentologia podem favorecer interpretações paleoambientais. Este trabalho apresenta resultados obtidos a partir de seqüências pedoestratigráficas localizadas em cabeceiras de vale, em planalto do Sul do Brasil. Resultados geomorfológicos, micromorfológicos, sedimentológicos, isotópicos, palinológicos e geocronológicos indicam mudanças ambientais cujas idades coincidem com os Estágios Isotópicos Marinhos (EIM) 5b; 3; 2 e 1. Durante o final do Pleistoceno, o registro indica temperaturas e precipitações abaixo das atuais. Apesar disso, as cabeceiras de vale mantinham ambientes locais relativamente úmidos, alimentados por zonas de saturação de água nos solos que teriam contribuído para a erosão e a sedimentação durante períodos de mudanças climáticas. Durante o Holoceno Médio, depósitos de fluxos torrenciais sugerem clima mais seco do que o atual, com padrão sazonal contrastado, influenciando pulsos de escoamento superficial sobre encostas. O predomínio, nas seqüências, de depósitos relacionados ao escoamento superficial sugere ambiente no qual a precipitação acumulada teria sido mais importante do que as taxas de evaporação. Essa condição paleoidrológica parece ser recorrente e explica de forma satisfatória como as formas de relevo teriam influenciado períodos de pedogênese e de sedimentação na área do estudo em função de mudanças ambientais.