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Padrões variáveis de concordância verbal em redações escolares e a avaliação do professor: uma análise sociolinguística
Registro en:
10.3895/rl.v21n32.9704
Autor
Ghessi, Rafaela Regina
Resumen
O presente trabalho tem como objetivo investigar, a partir dos pressupostos da teoria da Variação e Mudança linguística (WEINREICH; LABOV; HERZOG, 2006), os fatores linguísticos e extralinguísticos que promovem a presença e ausência da marca flexional de número de 3° pessoa e problematizar a relação existente entre esse fenômeno e a avaliação de professores de Língua Portuguesa. Para isso, montamos um corpus composto por redações de alunos do 3° ano do Ensino Médio de duas escolas públicas cidade de Uberaba- MG para análise da concordância verbal (CV) e aplicamos um questionário aos professores de Língua Portuguesa dessas duas escolas, no qual tiveram que responder, por escrito, seis questões abertas. Em uma análise geral do questionário, percebemos as atitudes linguísticas, oriundas de crenças, em relação à variação linguística, evidenciando que o ensino de língua portuguesa está distante de um ensino reflexivo e de uma pedagogia da variação linguística (FARACO, 2007). Os resultados das análises da (CV) nas redações mostraram que 35 não apresentam marcação morfológica de plural nos verbos, contabilizando um índice de não concordância verbal de 10,6%, enquanto que 89,36% apresentam a marcação de plural, no qual nos mostra que os alunos conhecem os mecanismos que prescreve a norma gramatical.