| dc.description | Este artigo tem por objetivo estudar os laços de uma família negra migrante, a família Marques Neves. Constituída na Bahia, a família migrou para o norte do Paraná em meados de 1950, onde fincou raízes através do trabalho em seu comércio na zona rural. O empreendimento local ficou conhecido pelos frequentadores como Venda dos Pretos, Venda do Alto e Venda do Encruzo. A partir da interpretação situada de uma fotografia, buscamos compreender quão coesos são os laços sociais que os unem. Para isso, utilizou-se de pesquisa empírica, por meio da entrevista, e de referencial teórico próprio para esta forma de estudo, como: Barthes (1984) e Leite (2001), bem como, de diversas pesquisas que nos reconstituíram o campo histórico e sociológico ora averiguado, dentre elas, destacamos o livro: Dona Izolina e a Venda dos Pretos: solidariedade e resistência. Constatou-se que há, por parte da história oficial, a tentativa de invisibilizar e corroer a imagem das famílias negras, como se estas não construíssem laços sociais duradouros, todavia a pesquisa demonstrou, sobretudo por vias da história oral, que as famílias negras mantem forte vínculo entre si, criando laços duradouros. | pt-BR |
