Tesis
“Eu quero ser feliz agora” : amor, existência e hipermodernidade no texto poético performatizado de Oswaldo Montenegro
Fecha
2017-03-07Registro en:
FILGUEIRA, André Luiz de Souza. “Eu quero ser feliz agora”: amor, existência e hipermodernidade no texto poético performatizado de Oswaldo Montenegro. 2016. 155 f. Tese (Doutorado em Literatura) — Universidade de Brasília, Brasília, 2016.
Autor
Filgueira, André Luiz de Souza
Institución
Resumen
Este estudo analisa a presença das questões amorosas e existenciais no texto poético das canções autorais de Oswaldo Montenegro em De passagem, de 2011. O que se quer é demonstrar como o texto poético capta a identidade do sujeito contemporâneo. Para isso, inicia-se a investigação a partir do conceito de canção (categoria híbrida, composta de poesia e melodia), feita com as contribuições de Charles Perrone, Paul Zumthor, José Ramos Tinhorão e Sylvia Cyntrão. Na sequência, são examinados os conceitos de linguagem e texto poético, buscando subsídios epistêmicos nas categorias: essência espiritual, de Walter Benjamin; signo, de Mikhail Bakhtin; poesia, de Octavio Paz e Sylvia Cyntrão, e de imaginário, de Gilbert Durand e Sylvia Cyntrão. Os escritos de Mary Del Priore ajudam a refletir sobre as mudanças nas esferas pública e privada nacional, ao passo que Júlio Simões e Guacira Louro pensam o conceito de sexualidade. Para apontar a temática amorosa nas canções, conta-se com as contribuições de Zygmunt Bauman (com o conceito de amor líquido), além da inserção dos conceitos de intimidade e desejo – pensados por Anthony Giddens, Cláudia Carvalho, André Lázaro, Comte-Sponville, Octavio Paz e Mary Del Priore – globalização, explorada por Eric Hobsbawm e Stuart Hall, e hipermodernidade, de Gilles Lipovetsky. A abordagem da temática existencial se vale da direção de Albert Camus, a partir da obra O mito de Sísifo. O suporte metodológico consultado na análise é oferecido por Maria Luiza Ramos, que apresenta a leitura fenomenológica da estrutura textual; Nelly Novaes Coelho, que chama atenção para a estrutura morfossintática da linguagem poética como ampliadora da plurivocidade lírica, e Umberto Eco, que orienta a extração da direção intencional da obra, apoiada na tríade: intentio operis (intenção da obra), intentio autoris (intenção do autor) e intentio lectoris (intenção do leitor).