Tesis
Contingências do imaginário na (re)criação da história da américa portuguesa, de Sebastião da Rocha Pita
Fecha
2016-02-19Registro en:
BARRETO JÚNIOR, Manoel. Contingências do imaginário na (re)criação da história da América Portuguesa, de Sebastião da Rocha Pita. 2015. 165 f. Tese (Doutorado em Literatura)—Universidade de Brasília, Brasília, 2015.
Autor
Barreto Júnior, Manoel
Institución
Resumen
O propósito desta tese será evidenciar alguns aspectos da prática narrativa observados na obra historiográfica História da América Portuguesa, de Sebastião da Rocha Pita, uma vez que esta produção esboça a inserção deliberada de referências históricas numa expectativa documental. Entretanto, faz-se prudente refletir sobre as contingências do imaginário ficcional numa perspectiva comunicadora, entre outras tantas possibilidades de leitura. De tal forma percebida, as configurações das dimensões tempo-espaciais regulam as condições de produção e recepção textual, na medida em que estes movimentos apresentam lacunas teórico-metodológicas e que, por vezes, avançam, para além do discurso histórico, inclusive, por demonstrar o desejo do homem americano setecentista de se livrar do ócio intelectual ao qual estava fadado deste lado do Atlântico. Com efeito, dentro deste cenário, resta simplesmente a Rocha Pita a possibilidade de potencializar a língua portuguesa em suas dimensões comunicativas. A propósito da questão aflorada, a leitura contextual desta obra publicada em 1730 serve-se de fatos históricos como matéria elementar, sem, contudo, excluir a ambivalência narrativa, que, filtrada pelo imaginário de Rocha Pita, em perspectivas comunicacionais, (re)cria a América portuguesa por infindas dimensões, embora seja uma estratégia discursiva considerada altamente indesejável por parte da academia, para aquele tipo de demanda historiográfica. Contudo, e com base na proposta deste estudo será muito bem vinda, ao que concerne à propriedade de revelar a substância de que são feitas as narrativas, mesmo quando se deseja documental. Ave, palavras!