Tesis
Tecnologias sociais para convivência com o semiárido : a experiência de agricultores familiares do sertão alagoano
Fecha
2016-01-20Registro en:
GUALDANI, Carla. Tecnologias sociais para convivência com o semiárido: a experiência de agricultores familiares do sertão alagoano. 2015. 132 f., il. Dissertação (Mestrado em Geografia)—Universidade de Brasília, Brasília, 2015.
Autor
Gualdani, Carla
Institución
Resumen
O presente trabalho procura analisar a racionalidade dos agricultores familiares no processo de tomada de decisão ao escolherem um conjunto de tecnologias sociais para implantação em suas unidades de produção, dentro de um contexto de dificuldade de acesso à agua e produção de alimentos, no semiárido alagoano. Assim buscou-se a identificação da lógica utilizada pelos agricultores a partir do acompanhamento de um estudo de caso, o projeto de Sistematização e Reaplicação de Tecnologias Sociais, que propunha a implantação de 14 diferentes tipos de tecnologias sociais de outras áreas do semiárido a um grupo de 20 agricultores familiares, do município de Piranhas, Alagoas. Após aceitarem a proposta de introdução de tecnologias sociais em suas unidades de produção, os agricultores tiveram, em um determinado momento do projeto, oportunidade de decidir entre 14 tecnologias a serem implantadas. Dessa forma, foram abordadas as questões que levaram à racionalidade dessas escolhas, investigando a dinâmica da relação entre disponibilidade/carência de recursos como tempo, dinheiro, recursos naturais, força de trabalho, assim como, se a disponibilidade orientou a tomada de decisão de implantar as tecnologias e a escolha daquelas a serem adotadas. Ficou evidenciado que os objetivos que nortearam a adesão à introdução das tecnologias sociais nas unidades de produção se orientaram mais para a convivência com o semiárido do que para a geração de renda. Também evidenciou que disponibilidade/indisponibilidade de recursos foi determinantes nas decisões, principalmente em aspectos como indisponibilidade de água para produzir, carência de mão de obra, acesso à redes de relação e confiança e grau de penosidade de determinadas tarefas.