Tesis
Avaliação do tempo de enchimento capilar como marcador de gravidade em pacientes neutropênicos febris
Fecha
2015-04-22Registro en:
PONTE, Adriana Gherardi da. Avaliação do tempo de enchimento capilar como marcador de gravidade em pacientes neutropênicos febris. 2014. 61 f., il. Dissertação (Mestrado em Ciências Médicas)—Universidade de Brasília, Brasília, 2014.
repositorio.unb.br/handle/10482/17957
Autor
Ponte, Adriana Gherardi da
Institución
Resumen
A Mortalidade relacionada a neutropenia febril pode chegar a níveis superiores a 50%. Febre ocorre frequentemente durante tratamento quimioterápico que induza neutropenia: mais de 80% dos pacientes com malignidade hematológica apresentarão neutropenia febril durante um ou mais ciclos quimioterápico, esta porcentagem diminui para tumores sólidos. Os pacientes com neutropenia febril caracterizam-se pela paucidade de sintomas. Considerando que a febre tem sensibilidade e especificidade incertas para infecção(1), é preciso procurar sinais clínicos de hipoperfusão oculta antes mesmo da pressão arterial se alterar. O tempo de enchimento capilar é usado há décadas pela medicina para avaliação de um paciente grave. Dificilmente um paciente grave, hipotenso terá seu tempo de enchimento capilar menor que dois ou três segundos. Mas e no paciente com pressão normal, o tempo de enchimento capilar seria capaz de predizer gravidade. Pesquisa ação que objetivou estabelecer se o tempo de enchimento capilar pode predizer gravidade entre o pacientes neutropênicos febris, sépticos. Foi pesquisado o tempo de enchimento capilar em 50 pacientes com neutropenia febril pós quimioterapia que deram entrada no departamento de emergência do Hospital Universitário de Brasília. Todos os Incluídos estavam com uma pressão arterial média mínima de 75 mmHg, relação saturação de o2/Fio2 > 300 e Escala de coma de Glasgow de 15. Os critérios de inclusão foram pelo menos três critérios de SRIS, suspeita de Infecção e neutropenia pós quimioterapia. O tempo de enchimento capilar foi calculado através da pressão sobre o indicador direito do paciente por 15 segundos e então cronometrado o tempo de retorno à cor inicial. Foi estudado se há relação entre o valor encontrado do TEC e os desfechos clínicos. Os desfechos clínicos principais escolhidos foram o escalonamento de antibiótico, tempo de internação, positividade de culturas e número de neutrófilos. O padrão ouro utilizado para gravidade foram o nível de lactato e o score de sofa (sepsis-related organ failure assessment). O TEC maior ou igual a três segundos mostrou-se eficaz para predizer pior desfecho clínico pois demonstrou p < 0,05 em relação ao maior tempo de internação, p <0,01 em relação ao escalonamento de antibiótico, p<0,01 em relação a positividade de hemoculturas e p <0,01 em relação ao números de neutrófilos.