Tesis
Prevenção e controle da Doença de Chagas em Honduras : análise de redes sociais de comunicação e colaboração
Fecha
2014-11-21Registro en:
RODRÍGUEZ TRIANA, Diana Rocío. Prevenção e controle da Doença de Chagas em Honduras: análise de redes sociais de comunicação e colaboração. 2013. 115 f., il. Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento Sustentável)—Universidade de Brasília, Brasília, 2013.
Autor
Rodríguez Triana, Diana Rocío
Institución
Resumen
A forma mais efetiva de controlar o risco da doença de Chagas é melhorando a estrutura das casas. Não obstante, as carências socioeconômicas das populações que são mais afetadas por essa doença diminuem as possibilidades de construir casas com materiais diferentes ao barro. Diferentes intervenções tem sido realizadas com o objetivo de melhorar as condições dos lares, não obstante não tem conseguido atender as demandas da população. Na América Central diferentes instituições tem utilizado a abordagem ecossistêmica para promover a utilização de materiais locais para melhorar os lares e controlar a transmissão vetorial da doença de Chagas. Em Honduras muitas comunidades estão expostas ao risco de contrair Chagas. Assim em 2011 uma intervenção foi iniciada com o objetivo de informar a população sobre a transmissão e prevenção da doença e motivando-as na utilização de materiais locais para a benfeitoria das casas. No presente trabalho realizou-se uma análise de redes sociais para conhecer as características individuais e relacionais associadas a adoção de materiais locais para a benfeitoria das casas e redução no risco de contrair a doença. Selecionou-se uma comunidade do estado de Intibucá para realizar o estudo de duas redes sociais: a comunicação sobre temas relacionados com a doença de Chagas e outra de colaboração para a benfeitoria das casas. Os resultados revelam que 75% (setenta e cinco porcento) da população adotou a técnica para o melhoramento dos lares e prevenção da doença. A adoção foi associada com as relações de colaboração principalmente entre as mulheres e os homens. As mulheres que colaboraram com homens tiveram maior probabilidade de adotar do que aquelas que não colaboraram. A condição socioeconômica foi uma característica individual mais associada a adoção da inovação para as mulheres, oposto aos homens que tiveram maior probabilidade de adotar segundo o nível de educação e participação nas atividades lideradas pelo projeto. A rede de comunicação evidenciou que os homens participam mais ativamente que as mulheres para comunicar temas relacionados com a doença de Chagas. Também, que essa rede possibilita aos membros da comunidade ter conhecimentos sobre a transmissão e prevenção da enfermidade. A análise de redes sociais contribuiu na compreensão dos aspectos da adoção de inovações no contexto hondurenho úteis para identificar estratégias que podem contribuir com o controle da doença de Chagas e melhorar a qualidade de vida da população.