dc.contributorMURTA, C. P. C.
dc.contributorMADARASZ, N. R.
dc.contributorVIESENTEINER, Jorge. L.
dc.date.accessioned2016-07-11
dc.date.accessioned2016-08-29T15:08:30Z
dc.date.accessioned2019-05-28T12:25:27Z
dc.date.available2016-07-11
dc.date.available2016-08-29T15:08:30Z
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dc.date.created2016-07-11
dc.date.created2016-08-29T15:08:30Z
dc.date.issued2015-08-31
dc.identifierROSSI, A. M., Ontologia e acontecimento no pensamento de Alain Badiou
dc.identifierhttp://repositorio.ufes.br/handle/10/3683
dc.identifier.urihttp://repositorioslatinoamericanos.uchile.cl/handle/2250/2869758
dc.description.abstractO nosso propósito nesta dissertação é fazer uma leitura da filosofia de Alain Badiou a partir de um viés fundador: o enunciado lacaniano il y a de lun. Esse enunciado, lido pelo psicanalista Jacques Lacan na filosofia de Platão, é o termo proferido no instante em que o ser humano se depara com o súbito, um acontecimento imprevisto. Nesse instante inaugural o ser humano passa para a condição de sujeito. Alain Badiou parte do princípio de que todo ser humano é, no início, um mortal comum condicionado a repetir o saber instituído. O sujeito surge quando esse mortal comum se depara com a ausência de saber para se relacionar com o imprevisto e enuncia um novo pensamento. Nesse sentido, o sujeito é raro. Esse modo de pensar permite compreender a própria ontologia como um acontecimento: o acontecimento do Ser. Esse será para nós o acontecimento ontológico. É o instante inaugural do surgimento do primeiro nome. Para Alain Badiou, o vazio é o nome próprio do Ser. O matemático Georg Cantor foi quem criou as condições para essa nomeação. Badiou considera o vazio como ontológico e iguala esse vazio ao conjunto vazio da teoria matemática dos conjuntos. Essa teoria enquanto teoria do múltiplo puro encontra-se no fundamento da multiplicidade que reina no mundo empírico. Partindo dessa concepção é possível retomar o conceito filosófico de sujeito instituído por Descartes: o sujeito cartesiano é aquele que operou uma recusa de todo saber vindo a deparar-se com o vazio que ronda a estrutura do saber, e inventa um fundamento primeiro, o Cogito. Jacques Lacan promove a operação cartesiana de deposição do saber para a condição de método de tratamento psicanalítico. A psicanálise lacaniana apropria-se do conceito de acontecimento imprevisto para pensar a teoria do ato analítico. O psicanalista se coloca na escuta do paciente na expectativa de que o excedente de sentido que inflaciona o seu discurso seja gradualmente reduzido até que se alcance um zero de sentido, momento propício para o ato analítico. O ato analítico, sendo um acontecimento imprevisto para o próprio psicanalista, é algo da ordem de um horror: o psicanalista lacaniano tem horror ao seu ato. Pensado desse modo, o acontecimento imprevisto em geral, e o ato analítico em particular, tem função ontológica: é quando o ser humano comum advém sujeito ao encontrar o seu fundamento, a sua fórmula: o seu nome próprio. Jacques Lacan propõe o conceito de matema como aquilo que se situa no fundamento de um novo sujeito. Badiou pensa esse matema como sendo o axioma do sujeito.
dc.publisherUniversidade Federal do Espírito Santo
dc.publisherBR
dc.publisherPrograma de Pós-Graduação em Filosofia
dc.publisherUFES
dc.publisherMestrado em Filosofia
dc.subjectBadiou
dc.subjectvazio ontológico
dc.subjectacontecimento do Ser
dc.subjectsujeito raro
dc.titleOntologia e acontecimento no pensamento de Alain Badiou
dc.typeTesis


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