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Cárie dentária e necessidade de tratamento odontológico entre os índios Baniwa do Alto Rio Negro, Amazonas
Fecha
2008Registro en:
CARNEIRO, Marília Clemente Gomes et al. Cárie dentária e necessidade de tratamento odontológico entre os índios Baniwa do Alto Rio Negro, Amazonas. Ciência e Saúde Coletiva, v. 13, n. 6, p. 1985-1992, 2008.
1413-8123
Autor
Carneiro, Marília Clemente Gomes
Santos, Ricardo Ventura
Garnelo, Luiza
Rebelo, Maria Augusta Bessa
Coimbra Junior, Carlos Everaldo Alvares
Institución
Resumen
Pesquisas epidemiológicas em comunidades
indígenas no Brasil têm evidenciado forte
relação entre a deterioração da saúde bucal e o
consumo de itens industrializados (e do açúcar
refinado em particular), aliados à precariedade da
atenção odontológica. Este estudo abordou a população
Baniwa do pólo-base de Tunuí-Cachoeira,
São Gabriel da Cachoeira, Amazonas, Brasil.
Foi realizado inquérito transversal sobre as condições
de saúde bucal, de acordo com critérios da
OMS. Foram observadas as condições dentárias e
a necessidade de tratamento, examinando-se 590
indivíduos (49,2% da população > 2 anos). A média
de dentes atacados pela doença cárie foi 6,0, 8,2
e 22,1 nas faixas etárias 12-14, 15-19 e mais de 50
anos, respectivamente. O maior valor de ceo-d (5,3)
foi encontrado na idade de 5 anos. Do total de
pessoas examinadas, 73,6% apresentaram alguma
necessidade de tratamento cirúrgico-restaurador.
Os indivíduos entre 15-19 anos apresentam as mais
elevadas freqüências de restaurações. O CPO-D da
população Baniwa é elevado, o que deve estar relacionado
a processos recentes de mudanças socioeconômicas,
particularmente na dieta. Enfatiza-se
a necessidade de ampliação da atenção à saúde
bucal, considerando-se a complexidade da questão
sociocultural dos povos indígenas.