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Efeitos da suplementação do óleo de linhaça sobre o número de eosinófilos em crianças e adolescentes asmáticos
Autor
LUCENA, Danielle Vitória Nogueira de
Institución
Resumen
Introdução: A asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas que responde de maneira hiper-responsiva a diferentes tipos de estímulos e envolve vários tipos de células e mediadores inflamatórios. Os eicosanóides são mediadores derivados dos lipídios e a depender do perfil dietético dos ácidos graxos do indivíduo, terão caráter pró ou anti-inflamatório. Os ácidos graxos poli-insaturados da série ômega 3, incluindo o seu essencial o ácido alfa-linolênico derivam os eicosanoides anti-inflamatórios. O óleo de linhaça é uma excelente fonte de ácidos graxos insaturados, principalmente ω-3. Assim, estudos que utilizem o óleo de linhaça são interessantes e têm potencial significativo para responderem a questionamentos relativos a doenças de caráter inflamatório. Objetivo: Verificar o efeito da suplementação do óleo de linhaça sobre o número de eosinófilos em crianças e adolescentes asmáticos moderados. Metodologia: O estudo é do tipo randomizado, duplo cego, placebo controlado realizado com crianças e adolescentes atendidos no ambulatório de Alergologia e Imunologia do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco. Foram formados dois grupos no estudo: o grupo com asma que recebeu suplementação com óleo de linhaça (grupo intervenção) e o grupo com asma que recebeu apenas glucose de milho em cápsulas (grupo placebo). Alíquotas sanguíneas foram retiradas antes e depois da suplementação para contabilização de eosinófilos e posteriormente analisadas estatisticamente através do teste “t” pareado de Student. Resultados: No grupo linhaça, o número de eosinófilos inicial foi de 4,53%±1,61, reduzindo (p<0,05) para 2,9%±0,99 após a suplementação com o óleo de linhaça marrom. No grupo placebo, não foi encontrada diferença significativa (4,54%±1,32 antes da suplementação para 3,75%±2,04 depois da suplementação). Conclusão: O óleo de linhaça (fonte de ácido graxo ômega 3) produziu diminuição significativa no número de eosinófilos circulantes em crianças e adolescentes asmáticos moderados, bem como nos sintomas relatados inicialmente. Assim, seu uso possui efeitos benéficos no tratamento da asma, podendo atuar de modo coadjuvante às terapias medicamentosas existentes contribuindo para a melhora da qualidade de vida dos asmáticos.