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Análise histológica do trato instestinal do gavião-carijó (Rupornis magnirostris, Gmelin, 1877)
Autor
MEDEIROS, Bruna Ferreira de
Institución
Resumen
O Gavião-carijó (Rupornis magnirostris, Gmelin, 1877), considerado uma ave de rapina, apresenta características específicas, são bons predadores diurnos e noturnos, habitando uma diversidade de ambientes. Sua alimentação constitui de presas variadas, sendo generalistas e oportunistas. Na literatura não existe dados suficientes que padronizem um método de descrição histológica para aves de rapina. Objetivou-se descrever a histologia do trato intestinal e averiguar se há diferenças significativas entre as regiões do trato intestinal. Utilizou-se 6 gaviões-carijós. As porções foram fixadas em formaldeído e submetidas ao processamento histológico padrão. Após a microtomia, foram corados com HE e analisados no microscópio óptico. As vilosidades eram alongadas, com epitélio simples colunar (inicial) e estratificado colunar pavimentoso (final), com a presença de células caliciformes e enteroendócrinas nas glândulas intestinais. Na mucosa, a lâmina própria apresentou nódulos linfáticos e a muscular da mucosa com feixes musculares longitudinais. A submucosa está atrofiada ou ausente. A muscular externa apresentou dois estratos, um circular e outro longitudinal. A serosa/adventícia é composta pelo mesotélio, vasos sanguíneos, nervos e tecido adiposo. Conclui-se que há uma escassez de dados sobre a descrição histológica do trato intestinal do Gavião-carijó, mas que isso é relevante devido a sua condição de predador de topo, além disso as grandes vilosidades encontradas na porção proximal do trato promove maior absorção de nutrientes, e a abundancia de nódulos linfáticos aumenta a barreira imunológica protegendo-o de agentes infecciosos, por fim as células caliciformes encontradas ao longo do trato, minimiza o atrito do alimento (partículas duras) com a superfície intestinal e os diferentes valores de pH em que o alimento apresenta.