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Entre santos e demônios: a percepção do mal na teologia e hagiografias do Reino Visigodo de Toledo (séculos VI-VII)
Registro en:
ESTEVES, Germano Miguel Favaro. Entre santos e demônios: a percepção do mal na teologia e hagiografias do Reino Visigodo de Toledo (séculos VI-VII). 2015. 266 f. Tese (doutorado) - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Faculdade de Ciências e Letras de Assis, 2015.
000853638
33004048018P5
Autor
Esteves, Germano Miguel Favaro
Resumen
This thesis about the Visigoth kingdom makes use of a genre of sources, the hagiography, as a starting point for the proposed approach. These sources show us an testimony of the imaginary in their imbrications with the sacred, that is, with Christianity, and the limits of the Catholic Christianization; religious syncretism between Christian faith and called beliefs pagan by the Church itself; and, within that scope, the representations of evil and ethics related to such perceptions as elements of medieval religiosity - present in the visigothic culture - which, despite extensive studies conducted until the present moment, require new approaches. Generally speaking, we propose to analyze the perception of evil and its representations in the long duration, the role and intentions of theologians and hagiographers, paying special attention to religiosity and its implications in the imaginary. As the main sources of our research, which are part of the Visigoth hagiographic corpus, are: Saint Emilian Life (Vita Sancti Aemiliani) of Braulio of Zaragoza; The Lives of the Saint Fathers of Merida (Vitas Sanctorum Patrum Emeretensium) and The Life of Saint Frutuoso (Vita Fructuosi) of unknown authors; The Life of St. Desiderius (Vita Desiderii), written by Sisebuto, and the autobiography of Valerius of Bierzo A tese que aqui se apresenta a respeito do reino visigodo utiliza-se de um gênero de fontes, a hagiografia, como ponto de partida para abordagem proposta. Vemos nessas fontes um testemunho do imaginário em sua imbricação com o sagrado, ou seja, com o Cristianismo, e os limites da cristianização católica; o sincretismo religioso entre a fé cristã e as crenças ditas pagãs pela própria Igreja; e, dentro desse escopo, as representações do Mal, bem como a ética decorrente de tal percepção como elementos da religiosidade medieval - presentes na cultura visigoda -, os quais, não obstante extensos estudos realizados até o presente momento, exigem novas abordagens. Em linhas gerais, propomos analisar a percepção do Mal e suas representações na longa duração, o papel e intenções dos teólogos e hagiógrafos, dando atenção especial à religiosidade e suas implicações no imaginário. Como fontes principais de nossa pesquisa, que fazem parte do corpus hagiográfico visigodo, estão: A Vida de Santo Emiliano (Vita Sancti Aemiliani), de Bráulio de Saragoça; As Vidas dos Santos Padres de Mérida (Vitas Sanctorum Patrum Emeretensium) e A Vida de São Frutuoso (Vita Fructuosi), de autores desconhecidos; A Vida de São Desidério (Vita Desiderii), escrita por Sisebuto, e a autobiografia de Valério do Bierzo