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Viola Crioula: Modinhas, Lundus e Mornas-Um conceito de amor na literatura colonial brasileira e cabo-verdiana
Registro en:
GRECCO, Fabiana Miraz de Freitas. Viola crioula: modinhas, lundus e mornas – um conceito de amor na literatura colonial brasileira e cabo-verdiana. São Paulo: Editora Unesp, 2014. ISBN 9788568334294
9788568334294
ISBN9788568334294.epub
33004048019P1
Autor
Grecco, Fabiana Miraz de Freitas
Resumen
O livro compara a morna, um gênero poético-musical de Cabo Verde, com a modinha e o lundu, que se firmaram no Brasil no transcorrer do século 18. O objetivo é delinear o percurso que teria sofrido a morna desde o seu primeiro registro, naquele século, discutindo os possíveis traços em comum entre ela e as cantigas populares brasileiras mencionadas e discutir até que ponto a morna seria o resultado da adaptação do lundu e da modinha brasileiros à sociedade mestiça de Cabo Verde.De acordo com a autora, que baseou parte de sua pesquisa em fontes cabo-verdianas como Vasco Martins, tal fato foi possível devido às relações estreitas entre as então colônias Brasil e Cabo Verde. Houve, além do tráfico de escravos, muito tráfico cultural. Este fez circular, entre outros artefatos culturais, diversos tipos de cantares que se difundiram e se enraizaram, passando a fazer parte da vida cotidiana de ambos os países.Citando Martins, a autora destaca que morna e modinha apresentam, em comum, muitos pontos musicológicos, como a harmonia, os acordes e a tonalidade menor e, principalmente, o sentimentalismo amoroso presente no texto poético. Já o lundu, música nascida na África e com origem no batuque, aportou em Cabo Verde vindo diretamente do Brasil, mas suas influências foram geograficamente mais abrangentes. Levado também para Portugal, o lundu, na modalidade "chorada", foi uma das fontes do surgimento do fado.