Dissertation
A viagem: o percurso do tornar-me docente no ensino fundamental em uma escola Waldorf e na educação infantil municipal em Fortaleza
Registro en:
GUIMARÃES, M. L. F. (2023)
repositorio.unilab.edu.br/jspui/handle/123456789/3651
Autor
Guimarães, Maria Luiza de Freitas
Resumen
GUIMARÃES, Maria Luiza de Freitas. A viagem: o percurso do tornar-me docente no ensino fundamental em uma escola Waldorf e na educação infantil municipal em Fortaleza. 2023.125 f. Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Humanidades. Instituto de Instituto de Humanidades (IH), Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira. Redenção, 2023. Esta pesquisa de mestrado foi, metaforicamente, construída numa nau em viagem ao passado, na busca de desvelar o fio condutor do meu vir-a-ser professora, revelado aos quase cinquenta anos. Nesse sentido, fundamentada em Delory-Momberger (2006), e em Passeggi (2010), adotei a metodologia autobiográfica, com ênfase na escrita de si, abordagem de caráter auto reflexivo, em que o autor é seu próprio intérprete e narrador de suas próprias vivências e experiências. Para investigar as razões de haver protelado por tanto tempo esse encontro, revisitei minhas lembranças de criança, adolescente e adulta; a minha trajetória docente e prática formativa na Pedagogia Waldorf, conversando com autores como Steiner (1996, 1999, 2000, 2013), Lanz (2005), Romanelli (2008), entre outros; as minhas vivências e aprendizagens enquanto docente e formadora de Professores na Educação Infantil da Prefeitura Municipal de Fortaleza, dialogando com teóricos como Freire (1967, 1975), Kohan
(2021), Martins Filho (2020); a experiência como coordenadora do Programa de Apoio do Desenvolvimento Infantil – PADIN; os estudos e pesquisas sobre bebês e crianças bem pequenas, fundamentados na Abordagem Pikler, com autores como Falk (2010, 2011), Pikler, (2010), Soares (2019), Gruss, Rosemberg (2019) e traço um histórico das políticas públicas e marcos regulatórios da Educação Infantil no Brasil. A bordo da nau vivi tormentas e calmarias, dores e alegrias, afetos e desafetos. Constatei que minha demora a abraçar a docência foi a pouca representatividade e relevância dada a essa profissão no meio familiar que nasci, e que foram as crianças as legítimas responsáveis por acordar a docente que havia em mim. Estou convicta que há muitos outros mares a desbravar, destarte compreendo a importância de prosseguir
mbarcada, pois como diz o poeta Fernando Pessoa: navegar é preciso, viver não é preciso.