Article
Políticas linguísticas e a língua portuguesa na sociedade guineense
Autor
IÉ, David
Resumen
IÉ, David. Políticas linguísticas e a língua portuguesa na sociedade guineense. 2018. 23 f. Artigo(Graduação) - Curso de Licenciatura em Letras-Língua Portuguesa, Instituto de Humanidades e Letras - IHL, Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira, Redenção, 2018. As políticas linguísticas são ações que visam ao tratamento das línguas em
determinada sociedade. O presente trabalho é fruto de uma reflexão sobre essas políticas
e sua relação com o status e a aprendizagem da língua portuguesa na Guiné-Bissau.
Neste sentido, buscamos apontar os fatores que interferem no falar português por parte
dos guineenses e as ações linguísticas referentes a eles. Para isso, apresentamos uma
discussão teórica acerca das políticas linguísticas baseando-nos em autores como Oliveira
(2016), Garcez e Schulz (2016), entre outros, e buscamos exemplificar como tais
politicas impactam no falar português na sociedade guineense. Com este objetivo,
aplicamos questionários aos alunos guineenses da Universidade da Integração
Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB), nas quais se abordou o aprendizado
da língua portuguesa naquele país. Após a pesquisa, concluímos que o pouco contato
com a língua oficial e a questão do multilinguismo são fatores que afastam os guineenses
da língua portuguesa. Nesse sentido, a realização e ampliação de algumas políticas
linguísticas poderiam ajudar os estudantes guineenses a superar as dificuldades que
enfrentam com relação à aprendizagem da língua portuguesa. Algumas dessas ações
seriam: propiciar mais contato com a língua portuguesa aos guineenses; aceitar o ensino
de língua portuguesa como segunda língua dos guineenses e adaptá-lo à realidade
multilíngue do país; participação dos guineenses em cursos médios de língua portuguesa
oferecidos por ações da comunidade e das embaixadas do Brasil e de Portugal.
Acreditamos que tais medidas poderiam diminuir as dificuldades encontradas por falantes
guineenses no que concerne à língua portuguesa.