dc.description | A história da construção do território Brasileiro enquanto nação carrega uma série de
violências referentes a uma dominação colonial que por aqui chega a impor hierarquias de
poder. Corpos negros, femininos, se encontram historicamente sob a mira de uma estrutura
social que valoriza padrões dos colonos e inferioriza a cultura dos colonizados. Diante
disso, este trabalho busca pensar nas resistências femininas cearenses, através das
construções tecidas pelos movimentos feministas na capital, Fortaleza, em principal o
Instituto de Mulheres Negras e os Tambores de Safo. Para traçar uma linha temporal de
suas ações no exercício de uma pesquisa qualitativa, utiliza-se de uma análise documental,
partindo de uma busca, através das redes sociais e da imprensa, das suas últimas
atividades no correr de março de 2021 a março de 2022. Diante disto, encontram-se
movimentos feministas que seguem tecendo resistências plurais, com o fortalecimento de
uma rede nacional e regional, denotando a importância de se pensar as particularidades e as diferenças femininas. Demonstram, ainda, uma forte bandeira de luta no que corresponde à participação política, construindo diálogos e ocupando. Deste modo, este trabalho aponta a importância desses espaços como resistência a um contexto social histórico de violência e da exclusão. Visando a construção de uma sociedade que seja, de fato, mais igualitária e participativa. | |