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Por que não adotar o crioulo guineense como língua de ensino? Debatendo a política linguística no ensino básico da Guiné-Bissau a partir das dificuldades de estudantes e professores guineenses
Registro en:
OLIVEIRA, P. (2022)
repositorio.unilab.edu.br/jspui/handle/123456789/3007
Autor
Oliveira, Piquinina
Resumen
OLIVEIRA, Piquinina. Por que não adotar o crioulo guineense como língua de ensino? Debatendo a política linguística no ensino básico da Guiné-Bissau a partir das dificuldades de estudantes e professores guineenses. 2022. 22 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura em Pedagogia) - Instituto de Humanidades e Letras dos Malês, Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira, São Francisco do Conde, 2022. A fim de contextualizar as dificuldades que os estudantes guineenses enfrentam nas escolas, o nosso trabalho avaliou os debates atuais sobre a política linguística no ensino básico guineense, com base em questões como: Se os guineenses falam o crioulo no seu dia a dia, por que não oficializar logo esta língua e por que não a adotar como uma das línguas de ensino, sabendo que a língua tem uma grande influência no processo de aprendizagem? Com base nestas questões este artigo tem como objetivo principal identificar as eventuais dificuldades dos alunos, seus professores e do ensino escolar guineense em seu todo, revisitando assim os debates sobre a política linguística no ensino básico da Guiné-Bissau nas últimas décadas e as possíveis causas e efeitos da não-implementação da língua crioula na educação escolar da Guiné-Bissau. Em tal perspectiva, foi realizada uma pesquisa qualitativa, na qual participaram 4 estudantes guineenses e 4 professores do ensino básico que responderam os questionários. Propõe-se, assim, apresentar as reflexões e as inquietações dos professores e dos alunos participantes através da análise das respostas obtidas. As reflexões teóricas bem como os resultados da pesquisa de campo apontam que o crioulo deveria ser uma das principais línguas do ensino escolar guineense. Sob essa perspectiva, observou-se que o uso exclusivo da língua portuguesa no ensino é apontado como um dos fatores principais que inibe o sucesso dos alunos guineenses nas escolas, e como também dos professores no momento de ensinar, o que ficou muito evidente nos dados coletados.
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