Article
Guerrilheiros da utopia, personagens da distopia
breve estudo comparado de A geração da utopia e Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra
Registro en:
ROCHA JÚNIOR,M. A. (2017)
repositorio.unilab.edu.br/jspui/handle/123456789/2178
Autor
Rocha Júnior, Maurílio Alves
Resumen
ROCHA JÚNIOR, Maurílio Alves. Guerrilheiros da utopia, personagens da distopia: breve estudo comparado de A geração da utopia e Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra. 2017. 14f. Artigo (Graduação) - Curso de Letras Língua Portuguesa, Instituto de Humanidades e Letras, Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira, Redenção, 2017. Este artigo analisa, por comparação, a trajetória de dois personagens do romance africano em
língua portuguesa: Aníbal (o Sábio), de A geração da Utopia (1992) do angolano Pepetela, e Fulano Malta, de Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra (2002), do moçambicano Mia Couto. Destaca a representação literária da euforia utópica das lutas de independência nesses países, seguida pelo desencanto distópico do pós-independência, caracterizado na expressa decepção dos personagens com a continuidade do sofrimento do povo mesmo com a vitória sobre o colonialismo. No romance angolano o estudo busca os elementos históricos para compreender a “geração da utopia” representada pelo guerrilheiro Aníbal na estrutura do enredo. Na obra moçambicana, analisa o recurso ao fantástico como subgênero literário utilizado pelo autor para representar o mesmo sonho frustrado pela voz da personagem Fulano Malta. Como referencial teórico recorre à bibliografia especializada, dialogando, entre outros, com Ernest Bloch e sua visão da utopia; com Benjamin Abdala Júnior e Rita Chaves sobre as perspectivas históricas, políticas e literárias dos países e autores estudados.