Dissertação
Fatores de proteção e risco relacionados à promoção de resiliência em adolescentes que sofreram aborto
Registro en:
LAINSCEK, Florence Germaine Tible. Fatores de proteção e risco relacionados à promoção de resiliência em adolescentes que sofreram aborto.2010.87f. Dissertação (Mestrado em Ciências da Saúde) – Universidade Federal do Tocantins, Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, Palmas, 2019.
Autor
Lainscek, Florence Germaine Tible
Institución
Resumen
Adolescence is characterized by a period of transition between childhood and adulthood,
marked by physical, emotional, mental, sexual and social changes, identified as a period of
greater vulnerability, due to the occurrence of intense and rapid changes. Teenage pregnancy is
usually linked to the risk of miscarriage. Pregnancy leads the adolescent to experience a
reorganization of her identity as an individual, allowing a broader look in relation to the context
of her life, as an internal analysis, since the psychological experience facing abortion is not
uniform, varies depending on the characteristics personal events, events that are associated with
pregnancy, the circumstances of your life at the time of abortion, predisposing you to
biopsychosocial risks, which makes it a public health problem. The aim of this research was:
To know protective and risk factors present in the context of adolescents who suffered abortion
and were treated at a specialized health service in the city of Gurupi - TO. For data collection,
a semi-structured interview was used, elaborated by the author based on the theoretical
framework established and analyzed from the perspective of Bardin's content analysis. Two
interviews were conducted with adolescents who had undergone the abortion process at the
Gurupi-TO Regional Hospital, the first interview being held between 5 to 7 days and the second
30 days after the event. Through this study it was possible to identify age and educational level
as risk factors, with family support and religious belief as protective factors that enable the
adolescent's psychological adaptation favoring her resilience to the abortion process. It was
observed that previous history and family support are essential tools for a positive resolution of
the whole process, mitigating the risk of emotional sequelae. A adolescência se caracteriza por um período de transição entre a infância e a vida adulta,
marcada por mudanças físicas, emocionais, mentais, sexuais e sociais, identificada como
período de maior vulnerabilidade, em função da ocorrência de intensas e rápidas modificações.
A gravidez na adolescência está quase sempre ligada ao risco de aborto. A gestação leva a
adolescente a vivenciar uma reorganização de sua identidade como indivíduo, possibilitando
um olhar tanto mais amplo em relação ao contexto de sua vida, quanto uma análise interna, já
a vivência psicológica frente ao aborto não é uniforme, varia em função das características
pessoais, eventos que estejam associados à gravidez, às circunstâncias de sua vida no momento
do aborto, predispondo à riscos biopsicossociais, o que torna um problema de saúde pública. O
objetivo desta pesquisa foi: conhecer fatores de proteção e de risco presentes no contexto de
adolescentes que sofreram aborto e foram atendidas num serviço de saúde especializado na
cidade de Gurupi - TO. Para coleta de dados foi utilizada entrevista semiestruturada, elaborada
pela autora a partir do referencial teórico estabelecido e analisado sob a perspectiva da análise
de conteúdo de Bardin. Foram realizados dois ciclos de entrevistas com adolescentes que
tivessem passado pelo processo de aborto, no Hospital Regional de Gurupi-TO, sendo a
primeira entrevista realizada entre 5 a 7 dias e a segunda 30 dias após o evento. Por meio deste
estudo houve a possibilidade de se identificar como fatores de risco a idade e o nível
educacional, sendo o apoio familiar e a crença religiosa fatores de proteção os quais
possibilitam a adaptação psicológica da adolescente favorecendo sua resiliência frente ao
processo de aborto. Observa-se que a história pregressa e o apoio familiar são ferramentas
imprescindíveis para uma resolução positiva de todo o processo, amenizando o risco de sequelas
emocionais.